O desenvolvimento da primeira aeronave agrícola autônoma híbrida do país foi firmado entre a Helisul Aviação e o Senai Cimatec.
O avião será fabricado no Cimatec Aeroespacial, em Salvador, dentro do ecossistema do Parque Industrial Tecnológico Aeroespacial da Bahia (Pita-BA).
O projeto, orçado em R$ 50 milhões, prevê a adaptação da aeronave R44 Robinson com motores a explosão movidos a etanol e motores elétricos, substituindo o combustível tradicional AVGAS e integrando-se ao programa internacional de combustíveis sustentáveis para aviação (SAF).
De acordo com os realizadores, o objetivo é fortalecer a aviação agrícola com soluções tecnológicas sustentáveis, limpas e eficientes.
“Estamos dando um passo histórico ao integrar um polo de inovação nacional com um projeto que une tecnologia de ponta, sustentabilidade e o agronegócio. A Helisul acredita que a aviação pode ser uma aliada poderosa da eficiência e da preservação ambiental”, afirma Bruno Biesuz, diretor de operações da companhia.
Etapas do projeto da aeronave
O contrato prevê duas fases de implantação: na primeira, uma equipe da Helisul Engenharia, empresa do Grupo Helisul, será alocada no Cimatec Aeroespacial, onde serão realizados os estudos iniciais e os primeiros protótipos. Posteriormente, a empresa ocupará um lote de 3.400 m² para a instalação de sua unidade operacional no parque tecnológico.
Para a execução do projeto serão criados 32 empregos diretos, entre engenheiros, técnicos especializados, pesquisadores e estudantes de graduação.
“Essa parceria com o Senai Cimatec é estratégica para a engenharia brasileira. Vamos nacionalizar conhecimento, desenvolver soluções limpas e mostrar que o Brasil pode liderar em mobilidade aérea avançada com foco no campo”, destaca Juliano Sansão, diretor da Helisul Engenharia.
Brasil como referência
Os realizadores do projeto da aeronave agrícola autônoma híbrida destacam que a iniciativa promete fortalecer a cadeia produtiva aeroespacial brasileira por meio do desenvolvimento de soluções críticas, além de posicionar o Brasil como referência internacional em mobilidade aérea sustentável e avançada.
“A aplicação direcionada de insumos agrícolas, viabilizada pela autonomia e precisão da aeronave, também diminuirá o volume de insumos utilizados e os impactos ambientais”, afirmam.
“Nesta primeira fase, contaremos com a instalação de um centro de engenharia e desenvolvimento da empresa dentro do nosso campus, fortalecendo o ecossistema de inovação. E já projetamos, para o futuro, a implantação de processos de fabricação desses equipamentos aqui mesmo na Bahia, consolidando o estado como referência nacional no setor aeroespacial”, afirma o superintendente de Novos Negócios do Senai Cimatec, André Oliveira.