Com as festas de fim de ano, o consumo de noz-pecã aumenta mundialmente, e o Brasil, com cerca de 10 mil hectares plantados atualmente, projeta expandir sua área de cultivo para 15 mil hectares até 2030, um salto de 50%. A previsão é do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), que destaca o crescimento da cultura no Sul do país.
De acordo com Cleiton Wallauer, presidente da entidade, a noz-pecã está consolidada na região há mais de 70 anos, com novos pomares sendo abertos regularmente.
Os estados do Sul concentram toda a produção nacional, e a cultura oferece uma alternativa de diversificação de renda para produtores de diferentes portes.
O aumento projetado no cultivo pode consolidar o Brasil como o quarto maior produtor mundial da noz até o final da década.
Mercado interno e externo
A redução da oferta global de noz-pecã impulsionou os preços no mercado interno e intensificou as exportações. Dados da Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas (ABNC) indicam que, até novembro de 2024, as exportações brasileiras do produto geraram aproximadamente US$ 200 milhões em receita, enquanto as importações somaram US$ 50 milhões.
Com a crescente demanda global e a adaptação da cultura às condições climáticas do Sul , o país se posiciona para aproveitar oportunidades tanto no mercado interno quanto externo.
A expansão projetada até 2030 reflete o potencial do setor para fortalecer sua presença no mercado global e diversificar a renda dos produtores.