A produção sustentável de cacau no Pará está vivendo um novo ciclo de crescimento. Isso acontece graças ao projeto Sustenta e Inova, desenvolvido pelo Sebrae no estado em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). A iniciativa investe em capacitação, certificação e inovação para fortalecer pequenos empreendedores locais.
Um bom exemplo é João Batista, de Medicilândia (PA). Desde que participou do projeto, ele transformou o Viveiro Tabosa, negócio herdado do pai, em um empreendimento certificado e altamente produtivo. Antes, ele produzia 5 mil mudas por ano. Hoje, chega a 100 mil, empregando até 10 pessoas. Esse salto veio após o apoio técnico, a formalização e as novas práticas de gestão aprendidas nas capacitações do Sebrae.
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Além disso, ele conquistou o registro no Renasem, do Ministério da Agricultura e Pecuária, o que ampliou a credibilidade do viveiro e atraiu novos compradores, incluindo prefeituras da região. “Sem o Sustenta e Inova, eu não teria chegado até aqui. Foi essencial para o meu crescimento”, afirma Batista.
Segundo Rubens Magno, diretor superintendente do Sebrae no Pará, o projeto mostra que o empreendedorismo rural pode ser protagonista de uma nova economia: “Com inovação, gestão e sustentabilidade, os produtores estão gerando emprego, renda e inclusão”.
“Quando o produtor entende o caminho, os resultados aparecem”, afirma a analista Márcia Carneiro, o principal desafio era a falta de informação.
Diante da alta histórica no preço do cacau e da preparação para a COP 30, o Pará se posiciona como líder e referência em produção sustentável, aliando desenvolvimento econômico à preservação da Amazônia.