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Produtores do RS fazem ‘tratoraço”

Produtores rurais realizaram um novo “tratoraço” no norte do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 6. O protesto percorreu a rodovia ERS-153 entre os municípios de Tio Hugo e Passo Fundo. Segundo os organizadores, mais de 400 máquinas participaram da mobilização.

O grupo cobra a securitização das dívidas rurais acumuladas depois das perdas com enchentes e estiagens. Os agricultores bloquearam o entroncamento da RS-153 com a RS-324 e distribuíram panfletos explicando a situação aos transeuntes.

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De acordo com a imprensa local, a Polícia Rodoviária Federal registrou 15 bloqueios em rodovias federais nesta sexta-feira pela manhã. Os protestos começaram há três semanas no Estado.

Tratoraço: produtores rejeitam proposta do governo

Os agricultores pressionam pela aprovação do Projeto de Lei 320/2025, do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS). A proposta transforma as dívidas em títulos do Tesouro Nacional com pagamento em até 20 anos, dois anos de carência e juros anuais entre 1% e 3%. O limite de emissão dos títulos seria de R$ 60 bilhões.

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O texto também cria o Fundo Garantidor para a Securitização das Dívidas Rurais, que daria mais segurança às operações. Outros pontos do texto incluem bônus de adimplência, com descontos progressivos de 30% para dívidas até R$ 100 mil e 15% para valores acima.

O projeto prevê ainda prorrogação automática das parcelas em caso de novos eventos climáticos e garante manutenção do acesso ao crédito rural para os produtores que aderirem ao programa. Apresentado em fevereiro, o PL segue em tramitação no Senado e propõe impacto fiscal restrito ao Rio Grande do Sul.

O Conselho Monetário Nacional prorrogou no fim de maio as dívidas de custeio por três anos. Para parcelas de investimento com vencimento neste ano, o governo estendeu o prazo por um ano.

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Para aderir à medida, os agricultores precisam comprovar perdas com base no que foi plantado, colhido e na capacidade de pagamento. A decisão faz parte do Plano Safra e foi anunciada depois de meses de negociação com o setor. Segundo os produtores, a medida não resolve a situação, pois os prejuízos no campo se acumulam há anos.

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