COM ASSESSORIAS – Aumentar o índice de produtividade e rentabilidade de maneira sustentável no agronegócio é, acima de tudo, uma questão de boa gestão. Para alcançar esses objetivos e seguir boas práticas, o Programa Capal de Gestão Rural (PCGR) tem realizado sucessivas auditorias junto aos cooperados, em busca de manter padrões de excelência de produção e gestão das propriedades de seus associados.
Ao longo do ano, foram feitas reuniões, acompanhamentos, entre outras ações do programa. A última delas ocorreu em outubro de 2024, com a realização de uma auditoria externa das propriedades que são integrantes do programa, classificando-as em níveis de sustentabilidade: nível 1, nível 2, nível 3 (bronze), nível 4 (prata), nível 5 (ouro). Em dezembro, foi realizado um encerramento anual do PCGR; no evento, o gerente industrial da Maltaria Campos Gerais, Vilmar Schussler, ministrou uma palestra sobre certificação e boas práticas de produção com impactos na precificação da cevada.
Ana Carla Rosgoski Chicanoski, engenheira ambiental da Capal, explica que o PCGR é um programa que consiste na evolução do nível de Agricultura Sustentável das propriedades. “Esse nível se dá por meio da aplicação de condutas descritas no Código de Práticas de Agricultura Sustentável, que se divide em cinco níveis de aplicação, proporcionando o desenvolvimento gradativo de ações sustentáveis”, descreve a engenheira ambiental.
Ela explica que muitos produtores têm adotado boas práticas como parte do programa de certificação. Essas condutas incluem conformidade legal, estabilidade financeira, gestão da propriedade, correto manejo de plantio, gerenciamento do solo, gerenciamento de nutrientes, defensivos agrícolas, agroquímicos, gerenciamento de resíduos, gerenciamento da água, biodiversidade, ar e emissão de gases de efeito estufa, condições de trabalho, saúde e segurança, comunidade local e 5S rural.
Além da implantação e manutenção de práticas sustentáveis, o PCGR se consolida como uma porta de entrada a novos mercados.
Implantação
O PCGR começou em 2022 por meio da certificação da cultura da cevada em encontro ao projeto da Maltaria Campos Gerais – MCG. “Atualmente o setor Ambiental da Cooperativa faz todo o acompanhamento do programa interno, que inicia pela solicitação do cooperado para uma visita da equipe responsável pelo PCGR à propriedade para realizar um diagnóstico inicial”, explica Ana Carla.
Os técnicos fazem a avaliação das práticas, bem como toda a parte estrutural da propriedade. Após essa etapa, explica a engenheira, elabora-se um relatório que é entregue ao cooperado, junto com as diretrizes do PCGR. Ao aderir ao programa, são apresentadas ao cooperado as atividades necessárias para a implantação dos métodos de acordo com os requisitos do Manual de Práticas de Agricultura Sustentável.
Diante disso, são definidas as prioridades, como a elaboração de um plano de ação para o acompanhamento da execução das atividades. Além disso, também podem ser definidas as assessorias que poderão ser realizadas pela equipe responsável do PCGR na Capal, conforme frequência programada pelo cooperado.
Cada propriedade possui um assessor que vai acompanhar com determinada frequência todas as ações de manutenção do nível conquistado pelo produtor ou até mesmo para a evolução do nível. As auditorias ocorrem anualmente.
O programa atualmente conta com 5 níveis de sustentabilidade. Sendo que o nível 1 e 2 seriam níveis mais básicos e o nível 3 (bronze), nível 4 (prata) e nível 5 (ouro), os níveis mais avançados respectivamente, totalizando a avaliação de 117 itens. Por meio do Manual de Práticas de Agricultura Sustentável e do atendimento de requisitos pré-estabelecidos é possível identificar se a propriedade está em um nível básico, essencial ou avançado.