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Programa de pesquisa em proteínas alternativas terá investimentos de R$ 2 milhões

A Fundação Araucária, em parceria com a Associação The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil), lançou nesta sexta-feira (06) o “Programa de Fomento à Pesquisa em Proteínas Alternativas: Inovação e Sustentabilidade no Paraná”. A iniciativa tem como objetivo fomentar pesquisas com foco em tecnologias acessíveis e escalonáveis de fermentação e cultivo celular para o desenvolvimento de ingredientes e produtos análogos à carne com melhor sabor, textura e custos reduzidos comparados aos disponíveis no mercado. Serão investidos, pelas duas instituições, R$ 2 milhões nas pesquisas.

A chamada pública busca contribuir para que o Paraná possa se posicionar como um dos líderes nacionais na produção de alimentos inovadores, saudáveis e sustentáveis. “Este programa traz o encontro de dois grandes desafios. A importante questão da produção de alimentos – lembrando que o Paraná é um player global em termos de segurança alimentar – e também a preocupação com a sustentabilidade. Esta parceria permite oferecer soluções científicas e tecnológicas para estes dois desafios”, destacou o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.

“No que diz respeito à proteína alternativa, é algo que pode vir a complementar todo o esforço da produção tradicional de alimentos com novas tecnologias e oportunidades de mercado. Esta iniciativa é algo importante para o futuro da economia do Paraná também ligada à questão da segurança alimentar”, completou Spinosa.

As proteínas alternativas são novas fontes de proteínas, criadas como opções às convencionais de origem animal como carne, ovos, leite e frutos do mar. Elas podem ser de origem vegetal, obtidas por processos de fermentação ou cultivadas a partir de células. Os produtos cárneos vegetais análogos são produtos feitos com ingredientes vegetais que se assemelham às características de cor, sabor, textura e aparência dos produtos cárneos animais.

Segundo a especialista de Pesquisa e Inovação do GFI Brasil, Luciana Fontenelle, os dois temas selecionados para esse edital levam em consideração o potencial do Estado. “O tema 1 busca o desenvolvimento de novos ingredientes feitos de micélio, que possam substituir parcial ou totalmente os ingredientes atualmente utilizados na produção de análogos carnius. O objetivo aqui é aprimorar sabor, textura e reduzir custos desses produtos”.

“Já o tema 2 trata da otimização de meios de cultura para a produção de carne cultivada. Essa otimização é essencial para garantir a segurança dos ingredientes utilizados e reduzir o custo total de produção da carne cultivada”, explica a pesquisadora.

A gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Araucária, Fátima Padoan, enfatizou que a instituição tem atuado de forma estratégica para posicionar o Paraná como protagonista em áreas emergentes da ciência e tecnologia.

“Esta chamada pública em parceria com a GFI Brasil é um exemplo concreto deste esforço para o setor de alimentos. Para além do fomento financeiro, trata-se de uma iniciativa que estimula a articulação entre pesquisadores, instituições e o setor produtivo, criando assim um ecossistema dinâmico de inovação”, ressalta Fátima.

O prazo para submissão das propostas é até 25 de julho. O resultado final deve ser divulgado a partir de 29 de setembro. Acesse a chamada pública.

THE GOOD FOOD INSTITUTE – É uma instituição global sem fins lucrativos que trabalha para acelerar transformações na cadeia de produção de alimentos. Possui equipes nos Estados Unidos, Brasil, Israel, Índia e países da Europa e da região Ásia-Pacífico. Por meio de ações nas áreas de engajamento corporativo, políticas públicas e ciência e tecnologia, o GFI apoia o desenvolvimento do setor de proteínas alternativas, especialmente o mercado de carnes, ovos, vegetais e produtos lácteos vegetais, cultivados ou obtidos por meio de fermentação.

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