O Conselho Federal de Medicina (CFM) mantém uma postura crítica em relação ao Programa Mais Médicos. O tema recentemente ganhou destaque depois das sanções do governo dos Estados Unidos.
Segundo o presidente da entidade, o ginecologista José Hiran da Silva Gallo, o CFM sempre se opôs à iniciativa. Ele argumenta que o Mais Médicos fragilizou o Sistema Único de Saúde e precarizou o atendimento à população necessitada.
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Gallo também criticou o programa por permitir a atuação de profissionais sem a revalidação de seus diplomas e sem direitos trabalhistas garantidos. “Defendemos políticas públicas que valorizem o médico, qualifiquem a formação e garantam atendimento seguro à população”.
Nos bastidores do CFM, conselheiros discutem a inclusão de gestores do Mais Médicos em uma lista de investigados. A primeira equipe de gestores, que inclui figuras como o atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário-executivo Adriano Massuda, está entre os nomes cogitados para essa apuração.


Marco Rubio afirma que Mais Médicos é instrumento da ditadura cubana
Nesta quarta-feira, 13, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que a ditadura cubana explora os trabalhadores por meio do Mais Médicos. Desta forma, ele assegurou que vai responsabilizar “aqueles que lucram com o trabalho forçado”.
Em junho de 2013, o governo do Partido dos Trabalhadores (PT), sob a gestão da então presidente Dilma Rousseff, lançou oficialmente o programa. Resultado de uma parceria com o regime de Cuba, o projeto tinha como objetivo, conforme a sigla, ampliar a assistência médica no país por meio da contratação de profissionais cubanos.
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No entanto, para o governo norte-americano, o Mais Médicos foi um “golpe diplomático inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras”. Em março, Rubio já havia informado que a gestão de Trump aplicaria sanções aos responsáveis “pelo programa de exploração de mão de obra cubana”.