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Projeto de conservação protege 30 mil hectares de floresta nativa em Mato Grosso

Um projeto piloto do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) deixou um legado de conservação em Mato Grosso, protegendo cerca de 30 mil hectares de floresta. A iniciativa será apresentada durante a COP30, em Belém, e mostra caminhos para políticas públicas de preservação e pagamento por serviços ambientais a produtores e empresas agrícolas.

A primeira fase do projeto, iniciado em 2020, envolveu 25 fazendas em Mato Grosso, Pará e Maranhão. O programa valoriza o trabalho do produtor que mantém áreas de vegetação nativa, oferecendo remuneração entre R$ 240 e R$ 400 por hectare ao ano, aproximando-se do que seria obtido em atividades convencionais, como produção de soja, milho ou pecuária.

Segundo André Guimarães, diretor executivo do Ipam, o projeto vai além da conservação. “Nossa agricultura depende do ciclo natural de chuvas. Em última instância, o Conserv protege vegetação nativa, biodiversidade e serviços ambientais, mas também garante a resiliência da agricultura brasileira para o futuro”, explica.

“Então foi com isso em mente que criamos há 8 anos atrás o Conserv. Ele funcionou até outubro de 2024, enceraram-se os contratos, mas a ideia conceitual continua”, conclui.

Financiado pelos governos da Noruega e dos Países Baixos, o pagamento por serviços ambientais é uma forma de valorizar o trabalho do produtor, reconhecendo o esforço em manter a área de vegetação nativa. Para muitos, esta remuneração é vista como uma quarta safra.

“Não teve mais incêndios como era antigamente. Então se eu não deixar ela em pé, quem vai deixar?”, diz o produtor de Sapezal, Carlos Roberto Simonetti.

Com a COP30 no Brasil, a expectativa é que iniciativas como esta ganhem mais visibilidade, destacando o protagonismo do país na luta contra as mudanças climáticas no mundo.

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