Em entrevista exclusiva ao Portal aRede e ao Jornal da Manhã na tarde de quarta-feira (02), a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União Brasil) e o secretário municipal de Infraestrutura e Planejamento (SMIP), Luiz Henrique Honesko, destacaram projetos apresentados ao Governo Federal, em Brasília (DF), e que devem impulsionar o desenvolvimento do município em diferentes setores.
O mais recente deles diz respeito a um recurso de R$ 35 milhões, obtido através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e que será utilizado para ampliar e modernizar o Aeroporto Sant’Ana. A oficialização da expansão ocorreu em encontro com o ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, na última terça-feira (01º).
De acordo com o gestor da pasta federal, a expectativa é que as intervenções, que devem iniciar já na próxima semana, contribuam para o desenvolvimento econômico local e regional. “Estou muito feliz de finalmente ter assinado esta ordem de serviço. O principal beneficiado é a população, e, a partir de agora, estaremos estruturando ainda mais os aeroportos do Paraná”, comemora.
Elizabeth Schmidt lembra que, antes de definir a localização de um novo empreendimento, as empresas prospecção de mercado, com o objetivo de avaliar áreas potenciais. Segundo a prefeita, a expectativa é que a ampliação do aeródromo seja fundamental para a atração de novos investimentos para Ponta Grossa. “A partir do momento que tivermos voos regulares e que nós consigamos transformar nosso aeroporto executivo em internacional, isso facilitará a chegada de indústrias ao município”, afirma.
Questionada sobre uma previsão do retorno de voos comerciais ao Aeroporto Sant’Ana, serviço que deixou de ser oferecido em março deste ano pela Azul Linhas Aéreas, a chefe do Poder Executivo disse que ainda não tem respostas a respeito. “Penso que um dos primeiros passos para recuperar esses voos está nessa ampliação oficializada em Brasília. Ainda há outras medidas que temos que adotar para fazer com que haja viabilidade para retomar esse serviço”, aponta.
Recentemente, o Jornalismo do Grupo aRede noticiou tratativas para avaliar a expansão da pista de pouso e decolagem do aeródromo. Uma delas é o pedido de transferência de posse de um terreno da União localizado na região conhecida como Horto Florestal II. A proposta ainda sugere o prolongamento da tangente do Desvio Ribas, trecho de linha férrea dentro desta área. A demanda foi apresentada ao secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, durante agenda na capital federal.
MODAL FERROVIÁRIO – Outra agenda em Brasília envolveu a apresentação de três projetos que envolvem o modal ferroviário a um grupo de trabalho que estuda a nova concessão ferroviária da Malha Sul, modelo que inclui o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo a prefeita e o secretário municipal, a criação das proposições teve início no ano passado e estão dentro do plano de mobilidade de Ponta Grossa como demandas para execução a médio e longo prazo.
Uma das propostas debatidas é a construção de uma trincheira na região da linha férrea que passa pela Avenida Monteiro Lobato, no Jardim Carvalho. O local foi apontado como um ponto crítico e que já registrou acidentes de trânsito. Caso saia do papel, a obra deverá ser feita dentro da concessão da Malha Sul.
Outra demanda é a solicitação de um estudo para avaliar a viabilidade de um contorno ferroviário. “O município nasceu e cresceu com a ferrovia, mas também engoliu a ferrovia. Temos que tomar atitudes pensando no futuro. A semente para isso está sendo plantada neste momento com questões muito importantes”, pontua a prefeita.
De acordo com Honesko, a secretaria de Infraestrutura e Planejamento identificou que há diferentes passagens de nível na ferrovia que passa pelo município. “Os técnicos estão analisando a ferrovia do ponto de vista do escoamento da produção. Temos que tentar encaixar nossos interesses com os deles. Pedimos um estudo para identificar se vale a pena ou não fazer esse projeto”, explica o secretário.
Ainda segundo o gestor, a União sinalizou que já há um estudo de viabilidade sobre a ferrovia no município. O documento foi solicitado para que seja possível analisar o que o Governo Federal apontou como soluções para os conflitos ferroviários.
A terceira proposta envolve a desafetação de área do antigo Ramal Oficinas, que está sob responsabilidade da empresa Rumo. Caso tome posse do espaço, a Prefeitura de Ponta Grossa planeja expandir o Parque Linear, além de executar novas vias para facilitar a mobilidade urbana.
“Pedimos a posse de quatro quilômetros para que possamos fazer um novo binário e ampliar o parque. Todos vão ficar impactados quando nós mostrarmos o que vai acontecer neste local”, diz a prefeita.
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Confira a entrevista na íntegra | Autor: aRede.info
BAIRROS – Ponta Grossa também conquistou recursos que devem beneficiar diretamente os bairros e vilas da cidade. Um deles, no valor de R$ 95 milhões, é financiado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e será utilizado para a pavimentação de ruas da Vila São Francisco, Jardim Paraíso, Jardim Centenário, Moradias Quero-Quero, Conjunto Santa Bárbara, Vila Peixoto e Jardim Europa.
“A necessidade de transformar a vida das pessoas chegou às nossas mãos. Moradores dizem que esperam por anos por asfalto na frente de casa. Já investimos mais de R$ 600 milhões em pavimentação”, comemora Elizabeth”. O município ainda aguarda a liberação de R$ 160 milhões pelo Governo do Paraná, que devem permitir alcançar a marca de aproximadamente 96% de vias asfaltadas.
Outro anúncio, feito junto ao deputado federal Aliel Machado (PV) e ao ministro das Cidades, Jader Filho, é um pacote de obras de R$ 38 milhões chamado de ‘Solução Costa Rica’ e que busca otimizar o tráfego de veículos na região do bairro Neves.