Com o objetivo de ampliar a mobilização digital em defesa de propostas fiscais do governo federal, o Partido dos Trabalhadores (PT) inaugurou, na quarta-feira 2, uma plataforma on-line destinada a influenciadores que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O lançamento ocorreu em reunião virtual.

O site batizado de Pode Espalhar — Influenciadores com Lula solicita dados pessoais como nome completo, e-mail, WhatsApp, cidade, Estado e perfis em redes sociais. Ao final do cadastro, o interessado pode informar de que maneira deseja colaborar, seja divulgando conteúdos, criando publicações, atuando como representante local, promovendo eventos ou coordenando equipes regionais.

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O projeto do PT voltado a influenciadores digitais foi feito em parceria com a Fundação Perseu Abramo.

Na reunião virtual que marcou o lançamento da plataforma, o deputado federal e secretário nacional de comunicação do PT, Jilmar Tatto (PT-SP), deu o tom do “nós contra eles”. Sem citar nomes, ele reclamou da decisão adotada na semana passada pelo Congresso Nacional, que derrubou o decreto do Executivo que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operação Financeira (IOF).

“A vai gente explicar um pouco o que nós estamos fazendo e qual é a linha política que queremos dar neste momento”, afirmou Tatto. “O que aconteceu na semana passada na votação do IOF foi o estopim. O que nós queremos é mostrar quem paga a conta no Brasil.”

Contexto político para PT captar influenciadores favoráveis a Lula

O movimento do PT em se aproximar de influenciadores digitais ocorre em meio a obstáculos encontrados pelo governo Lula no Congresso ao tentar, por exemplo, aprovar a taxação dos mais ricos, medida planejada para equilibrar a isenção do Imposto de Renda a quem recebe até R$ 5 mil, uma promessa de campanha do petista em 2022. A análise do projeto está prevista para o segundo semestre na Câmara dos Deputados e no Senado.

Nas plataformas digitais, a campanha “Taxação BBB” — que se refere a bilionários, bancos e casas de apostas — busca fortalecer a defesa das novas regras do Imposto de Renda e acirrar o debate sobre desigualdade tributária. De acordo com o presidente da República, “os pobres pagam muitos impostos, os ricos quase nada.”

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