Depois de 11 anos de impasse, o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) quitou integralmente sua dívida com João Santana e Mônica Moura, marqueteiros responsáveis pela campanha de Dilma Rousseff em 2014.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
O pagamento, de R$ 2,3 milhões, ocorreu em maio deste ano para a empresa Polis Propaganda e Marketing, de modo a encerrar uma disputa judicial que se prolongava desde 2018.
O acerto veio via acordo extrajudicial homologado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. “Todos os pagamentos foram declarados à Justiça Eleitoral e à Justiça do DF, que arquivou a demanda por restar satisfeita a obrigação”, afirmou o partido.


Primeiro, as partes reduziram um débito de R$ 9 milhões para R$ 4 milhões. Depois, com valores já pagos descontados, o PT ficou responsável por transferir R$ 2,7 milhões ao casal. A primeira parcela foi de R$ 2,3 milhões, quitada em depósito único no dia 5 de maio. A sigla vai pagar o restante em cinco prestações mensais.
Desdobramentos judiciais e acordo do PT


As prisões de João Santana e Mônica Moura ocorreram em 2016, na 23ª fase da Operação Lava Jato. A Justiça os condenou por lavagem de dinheiro em campanhas do PT e firmou acordo de delação premiada em 2017.
As condenações do casal em Curitiba caíram, posteriormente, em instâncias superiores, com entendimento de que os processos deveriam tramitar na Justiça Eleitoral. Em junho de 2024, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), também anulou provas usadas contra os dois, obtidas em acordo com a Odebrecht.
Leia também: “O coveiro do petismo”, reportagem de Anderson Scardoelli publicada na Edição 277 da Revista Oeste
João Santana, além das campanhas petistas, atuou em 2022 para Ciro Gomes (PDT), que terminou em quarto lugar na eleição presidencial.