Em uma conversa telefônica realizada na quinta-feira 3, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que o país não abrirá mão de seus objetivos na Ucrânia, mesmo enquanto busca uma solução para o conflito. A declaração foi feita por meio de uma conversa telefônica entre os dois líderes.
Durante o diálogo, Trump sugeriu a possibilidade de uma resolução rápida para a guerra, mas Putin rejeitou a proposta. O presidente russo reiterou o compromisso de Moscou com a eliminação dos fatores que considera responsáveis pela eclosão do conflito.
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“Nosso presidente disse que a Rússia alcançará os objetivos que estabeleceu: ou seja, a eliminação das causas profundas bem conhecidas que levaram ao estado atual das coisas, ao atual confronto agudo, e a Rússia não recuará desses objetivos”, afirmou Yuri Ushakov, assessor do Kremlin, detalhando a posição de Putin em Moscou, conforme informado pela Reuters.
Trump expressa frustração com postura de Putin


Depois de a conversa, Trump manifestou sua insatisfação com a postura de Putin. “Estou muito decepcionado com a conversa que tive hoje com o presidente Putin, porque acho que ele não está lá”, disse Trump ao Wall Street Journal.
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Ainda em entrevista, o presidente norte-americano ainda acrescentou: “Não acho que ele esteja pensando em parar, e isso é uma pena”. Trump, que desde o início de seu mandato tem demonstrado a intenção de encerrar rapidamente a guerra, agora se encontra frustrado com a falta de progresso nas negociações entre os envolvidos no conflito.
Diálogo aborda questões do Oriente Médio
Além do conflito na Ucrânia, a ligação entre Trump e Putin também abordou questões relacionadas ao Irã e ao Oriente Médio. Segundo Ushakov, “o lado russo enfatizou a importância de resolver todas as disputas, desacordos e situações de conflito exclusivamente por meios políticos e diplomáticos”.
No decorrer da conversa, Putin também informou Trump sobre acordos recentes entre a Rússia e a Ucrânia para a troca de prisioneiros de guerra e corpos de soldados mortos, firmados em junho. Embora o presidente russo tenha sinalizado abertura para novas negociações com Kiev, ele não definiu datas para a continuidade das tratativas.