A série “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”, um sucesso instantâneo na Netflix, retrata o caso real do assassinato de José e Mary Louise Menendez em 1989 em Beverly Hills. Os dois foram mortos brutalmente pelos próprios filhos, Erik e Lyle, condenados à prisão perpétua nos Estados Unidos. A história dessa família cruza a do grupo porto-riquenho Menudo, sucesso dos anos 1980.
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José Menendez era empresário da indústria da música e, por sua origem cubana, trabalhou especificamente com artistas latinos nos Estados Unidos. Dentre eles, o Menudo. O grupo de garotos assinou um contrato multimilionário com a RCA Records no início dos anos 1980 e, na época, José tinha um cargo importante na gravadora.
No ano passado, o cantor Roy Rosselló, um dos mais populares membros do Menudo, revelou no documentário “Menendez + Menudo: Boys Betrayed” que foi drogado e estuprado por José Menendez quando tinha 14 anos. Segundo Roy, o abuso sexual ocorreu quando ele foi na casa da família Menendez em Nova Jersey.
Empresário do Menudo teria intermediado abuso com José Menendez
O criador e empresário do Menudo, Edgardo Díaz, não apenas sabia do estupro como foi ele quem ofereceu Roy para José Menendez, segundo o cantor. “Ele me ameaçou dizendo que, se eu não fizesse isso, me expulsaria do grupo”, diz Roy. Edgardo nega a acusação.
“Este é o homem que me estuprou. Este é o pedófilo. É hora do mundo saber a verdade. Não falei antes sobre isso porque tudo nessa vida tem seu momento, e agora estou espiritualmente pronto porque Deus está me dando forças”, Roy diz no documentário, apontando para uma foto de José Menendez.
A declaração de Roy Rosselló reforça as alegações de Erik e Lyle Menendez de que o pai abusava sexualmente de ambos desde a infância. Esse foi o motivo de terem assassinado ele e Mary Louise – que, segundo eles, era omissa quanto aos estupros do marido.