Na Edição 274 da Revista Oeste, Carlo Cauti assina uma análise crítica da cobertura jornalística sobre o conflito entre Israel e o Irã. Segundo o autor, parte expressiva da mídia brasileira e internacional abandonou qualquer pretensão de imparcialidade ao reproduzir, sem filtro, propaganda de regimes autoritários. “O jornalismo, no Brasil e no mundo, decidiu tomar partido do lado da República Islâmica”, escreve Cauti.
O artigo começa com o caso de O Globo, que publicou como fato uma alegação da mídia estatal iraniana sobre a derrubada de aviões israelenses — algo que, segundo o autor, jamais ocorreu. “Ninguém na redação se deu o trabalho de questionar”, afirma.
Dias depois, o jornal corrigiu o título apenas com a frase “diz mídia persa”, sem reconhecer o erro. Para Cauti, o episódio evidencia a disposição da imprensa em endossar versões favoráveis ao Irã, mesmo sem comprovação.
A crítica se estende à GloboNews, na qual o comentarista Guga Chacra questionou o direito de Israel possuir armas nucleares, em comparação ao Irã. O embaixador israelense respondeu que o Irã é responsável por financiar grupos como Hamas e Hezbollah e que nega até o direito de existência de Israel.
Segundo o artigo, o contraste entre os alvos militares de Israel e os ataques indiscriminados do Irã a civis, como o bombardeio de um hospital em Be’er Sheva, é ignorado por parte da imprensa.
Leia mais:
A imprensa como palco para militância anti-Israel
Outro episódio mencionado é a cobertura da CNN Brasil ao ativista Thiago Ávila. A emissora transmitiu sua chegada ao aeroporto como se fosse um evento de Estado e deu-lhe espaço para um discurso em que acusou Israel de “genocídio”, “apartheid” e “supremacia”.
A reportagem não contestou nem contextualizou suas falas. “A CNN transmitiu ao vivo quatro minutos e 14 segundos — duração imensa para os tempos de TV — de puro ódio anti-israelense”, relata Cauti.
Ao final, Cauti compara a cobertura enviesada à defesa do indefensável. “Se Israel decidisse atacar preventivamente o inferno, a mídia redigiria elogios a Lúcifer”. A frase sintetiza o argumento central: para a velha imprensa, Israel é sempre culpado — mesmo diante de regimes que perseguem mulheres, minorias e patrocinam o terror.
A íntegra do artigo “Se Israel atacasse o Inferno, a velha mídia elogiaria Lúcifer” está disponível a todos os mais de 100 mil assinantes da Revista Oeste.


Revista Oeste muito além da velha mídia
A Edição 274 da Revista Oeste vai além do texto de Carlo Cauti. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J.R. Guzzo, Augusto Nunes, Eugenio Goussinsky, Dagomir Marquezi, Tim Black (da Spiked), Cristyan Costa, Alexandre Garcia, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Silvio Navarro, Adalberto Piotto, Loriane Comeli, Roberto Motta, Ubiratan Jorge Iorio, Letícia Alves, Yasmin Alencar, Evaristo de Miranda e Daniela Giorno.
Startup de jornalismo on-line, a Revista Oeste está no ar desde março de 2020. Sem aceitar anúncios de órgãos públicos, o projeto é financiado diretamente por seus assinantes. Para fazer parte da comunidade que apoia a publicação digital que defende a liberdade e o liberalismo econômico, basta clicar aqui, escolher o plano e seguir os passos indicados.