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quartel-general do PCC, dizem policiais

A presença do presidente Lula da Silva e de integrantes de seu governo na Favela do Moinho, na região central de São Paulo, reacendeu principalmente o debate sobre a atuação do Executivo em comunidades sob influência de organizações criminosas. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o local funcionava como uma espécie de “quartel-general” do Primeiro Comando da Capital (PCC) na cidade paulista.

Em abril deste ano, o MP-SP denunciou o traficante Leonardo Monteiro Moja, conhecido como “Léo do Moinho”, por chefiar um grupo que utilizava a favela como base para o tráfico de drogas e monitoramento da Polícia Militar. Antenas instaladas em pontos estratégicos da comunidade captavam a frequência da PM, permitindo assim que os criminosos escapassem de operações e mantivessem o domínio territorial.

Membros do governo Lula participaram de evento

Recentemente, segundo o site Metrópoles, o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, além de outros membros do governo Lula, participaram de um evento na Favela do Moinho organizado por uma associação de moradores. O grupo tem na presidência Alessandra Moja Cunha, irmã de Léo do Moinho. A entidade funciona no mesmo endereço que, segundo o MP-SP, armazenava crack e outras drogas. Alessandra chegou a subir ao palco da solenidade e esteve a poucos metros do presidente.

Na denúncia contra o traficante, o Gaeco afirma que a comunidade exerce um papel central na logística do PCC. “A Favela do Moinho é um verdadeiro ‘quartel-general’ de todo o ecossistema criminoso na região central de São Paulo”, descreve o documento das autoridades. Uma das antenas de espionagem policial chegou a ser instalada no antigo silo de concreto da favela, hoje em ruínas.

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Esta não é a primeira vez que Lula visita regiões sob domínio de facções criminosas. Em fevereiro deste ano, o presidente esteve no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, reduto tradicional do Comando Vermelho. Na ocasião, o governo federal anunciou investimentos sociais no território, embora a presença do tráfico tenha sido alvo de críticas por parte de setores da segurança pública.

Discurso é sempre o mesmo

Antes disso, o petista também visitou comunidades como Paraisópolis, em São Paulo, e o Jacarezinho, no Rio, ambas com histórico de atuação do crime organizado. Em todas as ocasiões, o discurso oficial foi o de reconstrução do vínculo entre o Estado e a periferia. No entanto, as visitas levantam questionamentos sobre o grau de controle territorial exercido pelas facções e a eventual cooptação de estruturas comunitárias por lideranças criminosas. O Palácio do Planalto evita comentar a proximidade entre autoridades federais e representantes de entidades ligadas a investigados por tráfico.

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