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Quase metade dos brasileiros reconhece direto de defesa de Israel

Quase metade dos brasileiros (46%) reconhece o direito de Israel de se defender no conflito com o Hamas, enquanto 28% consideram que houve uso excessivo da força militar na Faixa de Gaza. Outros 18% dividem-se entre essas duas posições. As informações foram obtidas em pesquisa encomendada pelo Instituto Brasil Israel (IBI) e pelo Instituto de Pesquisa Ideia.

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A influência religiosa impacta diretamente a opinião sobre o conflito: entre evangélicos e neopentecostais, 57% apoiam a defesa israelense, contra 15% que criticam a violência.

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Entre os de religião católica, 39% veem a ação como legítima defesa e 24% avaliam que houve exageros. Pessoas sem religião tendem a ser mais críticas à atuação de Israel, com 34% apontando excessos.

Cerca de 35% dos entrevistados não souberam ou preferiram não opinar sobre o direito de Israel à defesa e sobre eventuais abusos militares, indicando falta de conhecimento sobre o tema.

Além disso, 61% afirmam não acompanhar regularmente notícias internacionais ou o conflito na região, enquanto 39% disseram que acompanham esses assuntos.

“Os dados mostram que, diante de um tema extremamente complexo, há espaço de sobra para simplificações perigosas e discursos de ódio”, afirma Cila Schulman, CEO do Ideia. “Compreender esse terreno frágil é o primeiro passo para quem quer enfrentá-lo com responsabilidade.”

Quanto à violência como forma de resistência, apenas 36% dos brasileiros discordam, total ou parcialmente, da legitimidade do uso do terrorismo. 

Isso não revela uma contradição, mas sim uma polarização. Dá a entender que a maioria da outra metade que não reconhece o direito de defesa de Israel também não rejeita por completo o terrorismo.

Informações sobre a guerra em Israel

Nas redes sociais brasileiras, as menções a Israel são majoritariamente críticas, representando 66% das publicações, enquanto 34% apoiam o país, de acordo com a pesquisa. 

Perfis ligados à direita tendem a defender Israel; os ligados à esquerda criticam, muitas vezes associando o Estado de Israel a termos como “genocídio”, “nazismo” e “imperialismo”. O termo “sionista” também tem sido usado para camuflar discursos antissemitas.

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Realizado entre junho e novembro de 2024, o levantamento utilizou uma combinação de métodos quantitativos e qualitativos, com alcance nacional. Entre as abordagens adotadas estão o monitoramento de redes sociais no Brasil, que identificou mais de 2,2 milhões de menções relacionadas a Israel. Houve ainda uma pesquisa de opinião com 2.073 entrevistas aplicadas a uma amostra representativa da população brasileira. 

Também foram feitas rodadas de conversas com participantes de todas as regiões do país, para aprofundar aspectos qualitativos do levantamento. O público também foi convidado a responder perguntas simples e a compartilhar capturas de tela de mensagens recebidas em aplicativos como WhatsApp e Telegram. Essa última etapa contou com a participação de 1.067 pessoas em todo o território nacional.

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