Magno Malta – 05/03/2025 11h54

No próximo sábado, 8 de março, celebraremos o Dia Internacional da Mulher. Como de costume, essa data reacende discursos prontos sobre igualdade no mercado de trabalho, salários justos e os alarmantes índices de violência que ainda atingem tantas mulheres. Todos esses temas são, sem dúvida, fundamentais. No entanto, hoje quero ir além.
Pretendo destacar um aspecto pouco abordado: a força e a relevância da presença feminina nos espaços públicos e políticos. Mais do que isso, vou desconstruir a velha narrativa que insiste em rotular a direita como um ambiente machista. Quando, na prática, somos protagonistas de um movimento que valoriza, respeita e abre portas para as mulheres.
A esquerda, por sua vez, adora repetir que nós, conservadores, somos inimigos das mulheres. Costumam classificar a direita como um clube restrito de homens brancos, preconceituosos e retrógrados, interessados em empurrar as mulheres de volta para dentro de casa e em silêncio.
Porém, basta um olhar mais atento para perceber que a realidade é bem diferente. Aliás, quem acabou expondo isso, ainda que sem intenção, foi o próprio Lula, aquele que muitos descrevem como defensor dos oprimidos.
Quem se recorda do início deste ano sabe do que estou falando. Durante um evento solene em defesa da democracia, Lula decidiu improvisar. Abriu mão do discurso escrito e, sem o apoio do teleprompter, revelou o que realmente pensa. Declarou que “os maridos gostam mais das amantes do que das esposas”. Isso mesmo.
Em rede nacional, no meio de uma cerimônia oficial, o presidente do Brasil fez piada ao comparar a democracia a uma esposa traída e o golpismo a uma amante divertida. Um comentário ultrapassado, machista e ofensivo, que revela justamente a mentalidade que a esquerda tanto tenta disfarçar. Mas, quando não há tempo para ensaiar, a verdade costuma escapar.
Mais curioso ainda foi o silêncio que se seguiu. Ninguém interrompeu, ninguém contestou. Nenhuma voz se levantou para repreendê-lo. Esse silêncio cúmplice diz muito.
E o episódio não foi isolado. Lula já protagonizou outras falas carregadas de machismo, mesmo estando cercado por um ministério com número recorde de mulheres. Entretanto, exibir mulheres em cargos de destaque enquanto se repete frases dignas do século passado está longe de ser sinônimo de respeito. No máximo, trata-se de um teatro mal encenado.
Por outro lado, quando alguém ousa afirmar que a direita não oprime as mulheres, logo surge o coro previsível: “fascista, retrógrado, misógino!”. Mas, diante disso, pergunto: e Michelle Bolsonaro? Desde a posse do marido, ela assumiu um papel público significativo, abraçando causas sociais e falando abertamente sobre o que acredita. Sempre com incentivo e respaldo. Ela lidera, propõe, inspira. Representa mulheres que desejam ser ouvidas sem abrir mão da fé, da família e dos valores que defendem.
Não por acaso, nas últimas eleições municipais, a maioria das prefeitas eleitas estava alinhada à direita ou ao centro-direita. Coincidência? Duvido.
Gosto sempre de lembrar que foram, em sua maioria, mulheres que, com coragem e dedicação, permaneceram aos pés da cruz de Jesus Cristo, quando quase todos haviam fugido. E foi também uma mulher a primeira a chegar ao túmulo vazio.
Diante disso, elas são exemplos que me inspiram: filhas, mães, avós, esposas, líderes. Mulheres que enfrentam a luta sem medo e não recuam diante dos desafios.
É justamente essa dinâmica que a esquerda não consegue compreender ao criticar o que chamam de “feminismo conservador”.
Não acreditamos em rivalidade entre os sexos. Defendemos a liberdade da mulher ser quem quiser. Inclusive se sua escolha for ser mãe, cuidar da casa e priorizar a família. E isso não a diminui em nada. Pelo contrário. Como ensina a filósofa Edith Stein, “a alma feminina foi criada para dar e acolher vida”. Algo grandioso demais para ser reduzido por ideologias rasas.
Enquanto isso, a esquerda, com seu feminismo agressivo e destrutivo, tenta convencer as mulheres de que só há valor na desconstrução total dos papéis, na guerra contra o masculino e no ataque ao conceito de família. Mas, afinal, o que oferecem em troca? Um mundo dividido, onde a mulher só será considerada livre se negar suas raízes, sua essência e sua fé.
Na direita, vejo mulheres livres para serem quem são. Livres para ocupar o espaço público sem abrir mão de suas convicções. Livres para governar, legislar e liderar sem abandonar o altar onde foram formadas.
Por isso, quando alguém insiste em dizer que a direita é machista e misógina, faço apenas uma pergunta: você já ouviu o Lula falar sem roteiro? Pois é. Eu ouvi. E não preciso dizer mais nada.
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Magno Malta é senador da República. Foi eleito por duas vezes o melhor senador do Brasil. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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