A morte de Eweline Passos Rodrigues, conhecida como “Diaba Loira”, ocorreu na noite da quinta-feira 14, depois de uma trajetória marcada por conflitos no mundo do crime. Aos 28 anos, a criminosa ficou conhecida por frases desafiadoras nas redes sociais, como: “Não me entrego viva, só saio no caixão”.
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O corpo de Eweline foi localizado com marcas de tiros em Cascadura, zona norte do Rio de Janeiro, em um contexto sem operações policiais. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) suspeita que a morte esteja relacionada à disputa entre facções criminosas. Moradores da região relataram tiroteios intensos momentos antes do corpo ser achado.
O histórico da “Diaba Loira”
Nascida em Tubarão, Santa Catarina, Eweline tinha três mandados de prisão. Ela já havia sido condenada a cinco anos e dez meses em regime fechado.
Sua vida tomou outro rumo em 2022, depois de sobreviver à tentativa de feminicídio cometida pelo ex-companheiro.
Depois do ataque, Eweline fugiu para o Rio de Janeiro e se juntou ao Comando Vermelho (CV). Ela exibia armas e mensagens de efeito nas redes sociais. A criminosa foi vista em tiroteios na Gardênia Azul, área em disputa entre o CV e milicianos.
O rompimento com o CV ocorreu quando Eweline apoiou publicamente o Terceiro Comando Puro (TCP). Passou a divulgar mensagens ligadas à Tropa do Coelhão, liderada por William Yvens Silva no Complexo da Serrinha, em Madureira, comunidade próxima ao local onde foi executada.
Criminosa era procurada pela polícia
Depois da mudança de facção, Eweline tatuou as costas com símbolos que faziam referência ao Coelhão e ao chefe da facção, Lacoste, identificado como Wallace de Brito. Cerca de 15 dias antes da morte, confrontos entre CV e TCP espalharam pânico em Campinho, também na zona norte do Rio.


O Disque Denúncia havia divulgado, há um mês, um cartaz oferecendo recompensa por informações sobre Eweline, que, segundo investigações, poderia estar escondida na Bahia. A execução ocorreu em meio a confrontos frequentes entre as facções rivais no Morro do Fubá, área controlada pelo TCP. O corpo da “Diaba Loira” foi encontrado na Rua Cametá, por volta das 23h40.