O Brasil está entre os países mais empreendedores do mundo.
Segundo a última edição da pesquisa Monitor Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Monitor – GEM) 2023, realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), no ano passado somávamos 90 milhões de empreendedores.
Mas, engana-se quem acha que ser dono do próprio negócio é optar pelo caminho mais fácil. Muito pelo contrário, os desafios as dificuldades são muitas.
Entre os principais desafios enfrentados pelos empreendedores brasileiros, de acordo com o Sebrae, está a elevada carga tributária, burocracia, obtenção de crédito, inovação, marketing e vendas, gestão financeira e de pessoas e capacitação profissional.
Apesar dos obstáculos, há aqueles que não só se mantêm no mercado, mas crescem continuamente, ano após ano. Por trás desse desempenho, muita perseverança, resiliência e determinação.
É o caso de Elidio Biazini, que fundou em São Paulo, há mais de 25 anos, a Dídio Pizza. Atuando em um mercado cuja concorrência é extremamente acirrada – levantamento feito em 2022 pela Abupra (Associação Pizzarias Unidas do Brasil) aponta que a região Sudeste conta com mais de 50% dos estabelecimentos em operação no Brasil – o empreendedor construiu uma marca forte e confiável.
Hoje a Dídio Pizza é referência no mercado, tanto pela qualidade dos seus produtos e diversas opções de sabores salgadas e doces, quanto pela inovação na criação de massas integrais, sem glúten, tradicionais, folhadas para pizzas doces e, até mesmo, pizzas veganas.
Uma história de superação
Elidio Biazini não teve vida fácil. Até os 8 anos de idade, trabalhou na roça de café com seus pais em Dracena, no interior de São Paulo. Já na década de 60, fugindo da seca que assolava a região, veio para a capital e, ainda pequeno, encontrou uma maneira de ajudar no orçamento familiar, vendendo picolés nas ruas do bairro em que morava.
Mais tarde, aos 12 anos, conseguiu um emprego em uma padaria e com 17, foi trabalhar como manobrista. Na ocasião ao manobrar o carro de um advogado bateu o veículo, mesmo sem condições de arcar com os prejuízos, Elidio assumiu a responsabilidade pelos danos causados. Diante desse ato de integridade ele foi convidado a trabalhar como office-boy no escritório de advocacia. Poucos anos depois, era contratado por uma empresa multinacional.
Aos 35 anos, formado em tecnologia, casado e com dois filhos, finalmente ele conseguiu montar seu primeiro negócio. “Durante toda a minha vida olhava para os empreendimentos dos outros e sonhava em ter o meu”, explica.
Sua primeira pizzaria foi aberta juntamente com sua esposa, em 1993, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulistana, em um pequeno espaço de aproximadamente 20m². A escolha pelo setor se deu por um desejo de profissionalizar as pizzarias delivery atuantes no mercado até então.
“Minha família tinha uma pizzaria na época e eu vi que poderia fazer aquele negócio melhorar muito. Investi em processos, treinamento de pessoas e tudo o que pudesse criar um padrão de qualidade para o delivery de pizzas”, diz Biazini.
Crescer e prosperar
Cerca de uma década depois, Biazini decidiu ampliar os negócios por meio de um projeto de franquias. “A Dídio Pizza já nasceu com foco em expandir como rede. Eu só não imaginava ainda se seria uma rede própria ou se iríamos trabalhar por meio de franchising. Além disso, nossos clientes questionavam se era franquia e já diziam que queriam abrir uma igualzinha. Desta forma, fui entender sobre o sistema de franquias, buscando capacitação na Associação Brasileira de Franchising (ABF) para entender o novo negócio, que não seria vender pizzas, mas vender lojas para vender pizzas”, conta.
Entre erros e acertos, muita determinação
Ao apostar no sistema de franquias Elidio passou por momentos bastante desafiadores. Entre os principais erros cometidos na época ele destaca a falta de informações mais detalhadas sobre o negócio. “Porém, reconheci essa falha e contratei especialistas e consultorias para me auxiliarem em setores do negócio que eu ainda não dominava. Eu sabia fazer pizza e achava que sabia tudo. Aprendi a me cercar de bons profissionais especialistas no que eu preciso”, explica o empreendedor, que hoje é presidente da rede.
Biazini também apostou na inovação e em ferramentas mais modernas para evoluir, produzir e faturar mais. “Hoje os nossos principais ingredientes são farinha, mussarela e tecnologia. Nos últimos anos, temos focado mais nisso, em agregar mais e mais tecnologia aos nossos processos, melhorando muito nossos serviços. E eu não me refiro somente aos equipamentos, máquinas e fornos, mas também à melhoria de métodos, técnicas e gestão, utilizando coisas novas”.
Vendendo cerca de 780 mil pizzas por ano e com 20 unidades franqueadas, em 2023 a Dídio Pizza chegou ao faturamento de R$ 22 milhões, gerando emprego para pessoas que desejam ingressar no mercado de trabalho.
Porém, mais do que preparar uma pizza deliciosa e entrega-la rapidamente, o negócio simboliza uma história de paixão, excelência, dedicação e compromisso com a qualidade.
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