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Queremos excluir mais produtos e avançar na negociação com os EUA, diz Alckmin

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, sintetizou o anúncio do governo dos Estados Unidos de revogar a tarifa adicional de 40% para uma série de produtos agropecuários importados do Brasil, na quinta-feira (20). “A maior redução de tarifas foi o maior avanços nas negociações Brasil-EUA”.

Ele lembrou que, no início, o Brasil tinha 36% das suas exportações no tarifaço e, ontem, 238
produtos tiveram as tarifas removidas, o maior avanço desde o início das negociações. Com isso, o percentual caiu para 22% de itens que ainda estão com a taxação de 50%.

“Hoje nós temos 22% dos produtos da exportação brasileira, que ano passado foi de US$ 40
bilhões. Outro fato importante é que retrocedeu a 13 de novembro. O governo americano vai
reembolsar os produtos que foram exportados depois de 13 de novembro”, ressaltou.

O vice também destacou a menção ao diálogo com o presidente Luís Inácio Lula da Silva com o presidente dos EUA na ordem executiva da Casa Branca, e o trabalho no chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado dos EUA. “O presidente Trump ressaltou o bom diálogo que teve com o presidente Lula.”

Entre os produtos chave que ainda permanecem sobretaxados, Alckmin destacou alguns alimentos, como pescados, mel, uva, e industriais, como motores, máquinas e calçados e disse que espera avançar em novas tratativas.

Sanções a ministros

Em relação às sanções a autoridades brasileiras, o vice-presidente disse que o assunto foi incluído na pauta entregue pelo presidente Lula a Trump.

“O presidente fez os dois pleitos, de redução tarifária, por que os EUA têm superávit na balança comercial, tanto de serviços, quanto de produtos. Do G20, só três países têm superávit na balança, Reino Unido, Austrália e Brasil. E também colocou a questão da Lei Magnitsky, em relação ao ministros que foram afetados.”

Também está sendo tratada a investigação dos EUA em relação às big techs e ao Pix. “O
trabalho continua. As barreiras estão sendo vencidas. Abrimos mais um canal importante de negociação. O presidente Lula sempre destacou: diálogo e negociação. Queremos excluir mais produtos e avançar na negociação.”

Alckmin disse que o programa Brasil Mais Soberano continua porque ainda há setores atingidos. “À medida que eles forem saindo é sempre uma proporção do faturamento. É uma relação entre o faturamento que a empresa tem e quanto ela foi atingida. Inicialmente, era 5% do faturamento que tinha acesso ao crédito. São R$ 40 bilhões (R$ 30 bi mais R$ 10 bi) em crédito, mais o drawback, mas o Reintegra, mais a postergação do recolhimento de tributos. Depois isso foi reduzido para 1%. E uma outra medida foi não apenas o exportador, mas o fornecedor de insumos. O Brasil Mais Soberano também atende essas empresas, ampliou o escopo.”

Lula convidou Trump a vir ao Brasil

Alckmin ressaltou que ainda não há previsão de reuniões, mas disse que o presidente Lula, ontem (20) no Salão do Automóvel, em São Paulo, convidou o presidente Trump a vir ao Brasil e se colocou a disposição para ir à Washington.

“Não tem tema proibido”, disse Alckmin sobre a pauta das negociações, citando datacenters, Big Techs e terras raras.

Em relação à entrada do Uruguai no Tratado Integral e Progressivo de Associação Transpacífico (CPTPP, na sigla em inglês), um acordo comercial que reúne 15% do PIB global, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores do país sul-americano nesta sexta-feira (21), Alckmin disse que o Mercosul engloba questões de livre comércio, com a entrada da Bolívia passando a ter cinco países no bloco, e a união aduaneira. “Há que se respeitar o livre comércio e a união aduaneira”, comentou.

Ele também destacou os acordos entre o Mercosul e Singapura, em 2023, com o Efta (a Islândia, o Principado de Liechtenstein, o Reino da Noruega e a Confederação Suíça), neste ano, e que em dezembro deve assinar com a União Europeia, além de negociações para ampliar linhas tarifárias de preferência com o México e a Índia.

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