A seleção brasileira encerrou nesta terça-feira (9) a pior campanha de sua história nas eliminatórias para a Copa do Mundo. E poderia ser pior: ela sequer estaria garantida no Mundial se a Fifa não tivesse mudado o formato do torneio.
Por decisão da entidade máxima do futebol, a Copa saltou de 32 seleções, como foi disputada entre 1998 e 2022, para 48 países a partir do ano que vem, quando Canadá, Estados Unidos e México dividiram a organização.
O aumento de seleções participantes obrigou uma nova divisão das vagas por cada continente. A América do Sul, que antes classificava quatro diretamente e ainda mandava o quinto colocado para a repescagem, recebeu dois lugares extras na Copa.
Dessa forma, na atual eliminatória, seis (Argentina, Equador, Colômbia, Uruguai, Brasil e Paraguai) garantiram lugar no Mundial, enquanto a sétima na tabela (Bolívia) terá a chance de disputar uma repescagem, ainda sem adversário definido.
Isso significa que, caso o formato com 32 seleções da Copa fosse mantido para 2026, a seleção brasileira seria obrigada a passar por um confronto extra, que, pelas regras antigas, seria com um país da Oceania.
O Brasil até hoje é o único a disputar todas as 22 Copas, entre 1930 e 2022 (jogará a 23ª no ano que vem). Mas a atual campanha nas eliminatórias foi a pior de sua história, superando os números do ciclo pré-Mundial de 2002.