O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), na noite deste domingo, 27. Em sua conta oficial na rede social X, o parlamentar afirmou que as pautas que devem ser prioritárias atualmente no Brasil são a anistia aos presos do 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Ele ainda defendeu o fim daquilo que chama de “perseguição e criminalização política”.
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A mensagem de Ramagem faz referência direta à atuação de Moraes à frente das investigações que envolvem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente nos inquéritos das fake news, das milícias digitais e dos atos do 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
“As pautas que devem ser hoje prioridade no Brasil só dependem do Congresso Nacional e têm que ser a anistia e o impeachment de Moraes”, disse Ramagem, em vídeo. “Ambos são instrumentos previstos em lei e são necessários ao nosso Brasil, justamente quando transformaram uma democracia em um regime autoritário, na prática. Existe uma hipertrofia inconstitucional do Judiciário perante os demais Poderes.”
As pautas que devem ser prioritárias hoje são a Anistia e o Impeachment do min. Alexandre de Moraes.
Encerrar a perseguição e criminalização politica, além de reprimir o abuso de poder e os atos contra a Constituição.
Só depende do Congresso Nacional. pic.twitter.com/5QiWHn3nHk
— Alexandre Ramagem (@delegadoramagem) July 27, 2025
Parlamentares de oposição acusam o magistrado da Suprema Corte de agir com parcialidade e de extrapolar suas competências ao autorizar prisões preventivas e bloqueios de redes sociais.
Ramagem analisa ordens de Moraes contra família Bolsonaro


A anistia é uma bandeira de diversos setores da oposição no Congresso, os quais pedem o perdão judicial a envolvidos nos protestos nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no início de 2023. Embora a esquerda e até alas do centro rejeitem a ideia, parte significativa da direita considera que houve excessos do Judiciário, especialmente em relação a penas muito altas de prisões e restrições processuais.
Ainda no vídeo, Ramagem, que foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro, defendeu o ex-presidente e seu filho Eduardo e criticou a atuação do STF.
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“Quem teve que colocar os olhos no Brasil foram os Estados Unidos, o país líder do mundo livre e a maior potência econômica e militar do mundo”, disse. “Com essa, o STF não contava. Um trabalho extraordinário de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo.”
Ao defender a dupla da família Bolsonaro, que responde ao STF por ataque à soberania nacional numa ação que tem como relator Alexandre de Moraes, Ramagem citou o artigo 359-K do Código Penal Brasileiro.


Em seu parágrafo 4º, o regramento jurídico rege que “não constitui crime a comunicação, a entrega ou a publicação de informações ou de documentos com o fim de expor a prática de crime ou a violação de direitos humanos”.