A Receita Federal agora tem um jato executivo suíço avaliado em R$ 70 milhões, pronto para ampliar o alcance das operações de fiscalização aérea da instituição. O modelo Pilatus PC-24 foi adquirido com o objetivo de enfrentar limitações operacionais e atender demandas urgentes em regiões fronteiriças e de difícil acesso.
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O processo de compra começou em 2023, quando a Receita Federal abriu licitação para uma aeronave de asa fixa. O edital exigia operação por dois pilotos, transporte de até oito agentes aduaneiros, dois cães farejadores e autonomia para voos sem escalas de Brasília até cidades na fronteira. O teto orçamentário definido foi de R$ 93 milhões.
Para quem está perguntando “porque não Embraer”, tem uns detalhes do PC-24 que se enquadram melhor nos requisitos da Receita que o brasileiro Praetor 500:
– Porta de carga acessível e compartimento maior, no caso pros cães farejadores tem muita diferença
– Opera em pista não… pic.twitter.com/768DlSBURQ— AEROIN (@aero_in) July 15, 2025
Escolha do modelo e motivações da Receita Federal
A Aeromot apresentou a proposta vencedora, com um Pilatus PC-24 fabricado em 2019, que atendeu a todas as especificações técnicas. Hoje, a Receita Federal depende majoritariamente de helicópteros e, em missões aéreas mais complexas, do apoio de outros órgãos como a Polícia Federal, o que motivou a aquisição.
O Pilatus PC-24 se destaca no mercado por operar em pistas curtas e não pavimentadas, o que facilita o acesso a áreas remotas e aeroportos de pequeno porte, segundo o portal Aeroin. Trata-se do primeiro jato executivo da fabricante suíça, considerado uma evolução do turboélice PC-12, reconhecido por sua aplicação em missões especiais.
A aeronave foi importada pela Aeromot, em colaboração com a FBR Aviation e a Timbro Trading, e receberá a matrícula PS-RFB. Este será o 14º exemplar do PC-24 registrado no Brasil, porém o primeiro destinado ao serviço público no país.