A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa (DRF/Ponta Grossa), que possui sob sua responsabilidade uma região com abrangência de 64 municípios, arrecadou, no mês de agosto de 2025, um total de R$ 772.101.153 em tributos fazendários e previdenciários.
O valor total é, em termos nominais (sem considerar a inflação), 58,63% menor do que o registrado no mês de agosto de 2024, quando a arrecadação alcançou o montante de R$ 1.866.495.756. Considerando-se o IPCA acumulado no período, verifica-se que houve uma diminuição real de 60,65% nos valores arrecadados.
Essa significativa queda nos valores arrecadados no mês de agosto de 2025 está associada ao efeito base comparativa considerando recolhimentos extraordinários de Imposto de Renda Retido na Fonte ligados à produção florestal (IRRF – Rendimentos de Residentes no Exterior) no período de agosto de 2024, período em que a arrecadação total com IRRF foi de R$ 1.146.885.289, sendo que esse valor passou para R$ 57.606.411,00.
Considerando-se o acumulado no período de janeiro a agosto de 2025, a DRF/Ponta Grossa arrecadou um total de R$ 7.118.525.863, em tributos fazendários e previdenciários.
O valor total é, em termos nominais (sem considerar a inflação), 12,74% menor do que o registrado no período de janeiro a agosto de 2024, quando a arrecadação alcançou o montante de R$ 7.755.765.096. Considerando-se o IPCA acumulado no período, verifica-se que houve uma diminuição real de 8,22% nos valores arrecadados.
Entre os fatores que influenciaram a arrecadação do mês de agosto de 2025 (comparação nominal com o mesmo mês do ano anterior), no âmbito da 9ª Região Fiscal (que congrega os estados do PR e de SC) e que também impactaram a região administrada pela DRF/Ponta Grossa, destacam-se:
Resultado da arrecadação previdenciária (+9,6%) (+R$ 563,9 milhões) influenciado pelo crescimento da massa salarial (+8,3% nominal, +3,0% IPCA), ainda que, pelo lado negativo, tenha havido crescimento das compensações (+25,9%);
Aumento em COFINS/PIS/PASEP (exceto importação) (+7,6%) (+R$ 225,1 milhões), influenciado positivamente pelos setores de fabricação de produtos químicos e fabricação de produtos alimentícios;
Crescimento (+7,7%) (+R$ 191,6 milhões) no Simples Nacional, salientando que a variação positiva afeta os tributos que compõem esse pagamento unificado (IRPJ/CSLL, PIS/COFINS, Contribuição Previdenciária, IPI, além de ICMS e ISS);
Desempenho positivo (+11,7%) (+R$ 121,0 milhões) nos recolhimentos de IRRF – Rendimentos do Trabalho decorrente, essencialmente, do desempenho positivo rendimentos do trabalho assalariado;
Desempenho positivo no IOF (+43,5%) (+R$ 88,7 milhões), decorrente de operações de crédito – PJ e PF;
IRRF – Capital com crescimento (+37,3%) (+R$ 82,4 milhões), decorrente do resultado dos itens Juros sobre o capital próprio e Aplicações financeiras de renda fixa – PF e PJ;
Resultado positivo em IRPF (+13,5%) (+R$ 69,2 milhões), principalmente, em função dos itens Ganho de capital na alienação de bens duráveis e Declaração de capital na alienação de bens duráveis;
Desempenho positivo da arrecadação de IRPJ/CSLL (+0,9%) (+R$ 17,9 milhões), com crescimento nos valores decorrentes da apuração pelo Lucro presumido e Estimativa mensal e retração na apuração pelo Balanço trimestral;
Crescimento em IPI – Outros Produtos (+14,3%) (+R$ 60,2 milhões), sob influência dos resultados dos indicadores de produção industrial, e em linha com o aumento no montante das compensações;
IPI – Automóveis com resultado negativo (-72,8%) (-R$ 54,3 milhões), em linha com o aumento no volume das compensações tributárias e queda na quantidade de licenciamentos de veículos;
Arrecadação volátil de IRRF – Residentes no Exterior (-92,5%) (-R$ 1.133,5 milhões). Em agosto de 2025, o resultado negativo é referente, principalmente, ao item Rendimentos do trabalho etc. – residentes no exterior;
Retração (-17,0%) (-R$ 993,8 milhões) nos principais tributos relacionados à importação, com queda de -10,4% (-U$ 572,1 milhões) no volume em dólar das mercadorias importadas através da 9ª RF e variação de -0,45% na taxa média do câmbio;
Compensações declaradas no mês (via DComps) no valor de R$ 2.378,4 milhões (+21,8%), especialmente influenciada pelo aumento nas compensações de débitos de Contribuição previdenciária – RGPS e Cofins – Demais empresas;
Desempenho dos principais indicadores macroeconômicos:

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