A expulsão do goleiro Léo Jardim por cera durante o jogo entre Internacional e Vasco, neste domingo (27), surpreendeu a comentarista de arbitragem da ESPN, Renata Ruel.
Aos 40 minutos do 2º tempo, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza entendeu que Léo Jardim estava fazendo cera ao pedir atendimento médico e aplicou o segundo amarelo – o primeiro havia sido pelo mesmo motivo. Na sequência, Carbonero empatou para o Internacional.
Renata Ruel disse que não lembra de ter visto uma expulsão como essa antes e criticou a atitude de Flávio Rodrigues de Souza. Para a comentarista de arbitragem, o juiz “não tem como saber se é uma lesão grave ou não”.
“A regra fala que, quando o jogador tem uma lesão leve, o árbitro pode dar continuidade à partida se a bola estiver em jogo e depois ir ao jogador e ver a situação. Nos cursos de arbitragem, os instrutores falam: árbitro não é médico, você não tem como saber se é uma lesão grave ou não. Se ele precisar de atendimento, por mais que você acredite que não esteja lesionado, coloque esse tempo parado nos acréscimos”, destacou Ruel.
“A regra 12 fala em retardar o jogo e também conduta antidesportiva. A grande questão é que normalmente os árbitros aplicam cartão amarelo por retardar o reinício de jogo, mas não quando o jogador pede atendimento médico. Isso é raríssimo, nem sei se vi algo parecido com isso. Você tem outros pontos para retardar o jogo, que é enrolar, demorar para bater uma falta, deixar outro jogador bater”, continuou.
“O critério da arbitragem precisa ser revisto. Vemos esse tipo de coisa acontecendo em todos os jogos. Se for um critério novo e os árbitros adotarem, podemos pensar, mas é algo nunca visto antes. E os jogadores também precisam mudar a postura, de fazer cera e retardar o início de jogo”, completou.
Com o empate no Beira-Rio, o Vasco deixou a zona de rebaixamento do Brasileirão. Com os mesmos 15 pontos do Santos, o Gigante da Colina ficou na frente do Peixe no saldo de gols (-4 contra -6).