Em entrevista coletiva nesta terça-feira (16), prévia ao jogo contra o Borussia Dortmund, o técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, deu uma resposta épica ao ser perguntado sobre as diferenças financeiras entre o futebol brasileiro e o europeu.
O Tricolor encara o time da Bundesliga nesta quarta-feira (17), em seu primeiro compromisso no Mundial, no MetLife Stadium, em Nova Jersey. A partida terá transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+
Ao falar sobre o “abismo” entre as equipes no aspecto do cofre, Renato fez uma comparação com uma ida ao mercado com diferentes orçamentos.
Ele também citou outros times brasileiros que possuem orçamentos maiores que os do Flu para aplicar na montagem de seus elencos.
“Tem a questão da parte financeira… Como eu costumo falar: uma coisa é pegar R$ 100 e ir ao mercado, a outra é ir com R$ 100 mil no mesmo mercado. Essa é a diferença entre clubes do Brasil e da Europa”, disparou.
“No Brasil, muitas vezes o clube está com a corda totalmente esticada, a gente pede jogadores e os dirigentes dizem que não tem condições de trazer. Já na Europa, eles escolhem os três melhores do mundo de cada posição e trazer um para cada setor, formam uma seleção. Na maioria das vezes, a diferença é muito grande”, seguiu.
“Hoje, Flamengo, Palmeiras e Botafogo, falando da parte financeira, trazem os melhores jogadores. ‘Ah, o jogador custa 12 milhões de euros, 15 milhões de euros’, eles vão e trazm. Já outros clubes têm esse dinheiro para montar um grupo inteiro… Isso faz diferença”, salientou.
“No supermercado, não dá para comprar lagosta e camarão com R$ 100, mas com R$ 100 mil dá… Essa é a diferença entre Brasil e Europa. Lá, eles trazem quem bem entenderem. Aí, sem dúvidas, na hora de medir forças, é mais complicado”, lamentou.
“Como eu também sempre digo: muitas vezes a pessoa quer que você faça um omelete, mas não té dá os ovos. Aí fica difícil… Mas, na hora do vamos ver, temos que focar em medir forças com as grandes equipes do futebo mundial”, complementou.
Renato também soltou frase forte ao comparar a postura tática de atletas brasileiros em relação aos europeus.
“Quando a gente fala que na Europa se joga outro futebol, é exatamente o que eu falei: quando o brasileiro chega aqui (no Mundial), ele cria outra mentalidade, vira realmente profissional, porque sabe que vai ser muito cobrado, muito mais do que no Brasil. O europeu, taticamente, se entrega nos 90 minutos de uma maneira que dá inveja aos brasileiros”, apontou.
“E o que eu falo ao meu grupo? ‘O dia que vocês tiverem a mentalidade que um europeu tem durante 90 minutos, vão subir muito de produção’. O jogador brasileiro muitas vezes fica largado, não corre, não fica focado durante os 90 minutos. Já o europeu fica focado o tempo todo”, finalizou.
Onde assistir ao Mundial de Clubes?
O Mundial de Clubes terá transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+