A ampliação do número de contribuintes isentos de pagar imposto de renda (IR) resultará em mais consumo e comércio, beneficiando a economia do país como um todo, considera o ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta quarta-feira (27).
A expectativa do governo é que, quando entrar em vigor, a medida beneficie mais de 20 milhões de pessoas.
Segundo Costa, além de serem compensados pelas alíquotas a serem cobradas de milionários, os valores que deixarão de ser recolhidos terão como destino carrinho de supermercados, feiras livres, alimentos, roupas para filhos, remédio, entre vários outros produtos, ajudando a movimentar ainda mais a economia do país.
“Ele [o cidadão] vai levar um produto a mais para casa, para melhorar a alimentação de sua família e, eventualmente, ir numa praia e fazer um lazer com o filho. Estamos falando do limite da vida digna de uma pessoa”, disse o ministro.
O governo federal enviou, ao Congresso Nacional, uma proposta que amplia para R$ 5 mil a faixa de isenção total do Imposto de Renda (IR), um compromisso de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Atualmente, estão isentos do IR aqueles que têm renda mensal de até R$ 2.824. Segundo a Casa Civil, a proposta apresentada praticamente dobra essa faixa mínima. Além disso, o texto prevê desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
O projeto de lei prevê também uma tributação mínima para altas rendas, que atingirá 141,4 mil contribuintes (0,13% do total). A compensação virá com uma taxa de até 10% para pessoas com alta renda (a partir de R$ 600 mil por ano) que atualmente não contribuem com o IR.