A Conmebol definiu que o argentino Darío Humberto Herrera, de 40 anos, será o responsável por comandar o apito da grande final da CONMEBOL Libertadores entre Palmeiras e Flamengo, marcada para o dia 29 de novembro, em Lima, no Peru. A escolha gerou debate entre torcedores dos dois clubes e a reportagem questionou Carlos Eugênio Simon e Renata Ruel, comentaristas de arbitragem da ESPN, que analisaram o histórico, o estilo e o que esperar do juiz para um jogo de tamanha pressão.

Representante brasileiro em três Copas do Mundo, Simon foi direto ao avaliar o argentino e deixou claro que esperava outro nome para a decisão.

“Darío Humberto Herrera, de 40 anos, é um árbitro muito irregular. Tem o costume de levar os jogos muito na conversa. Na minha visão, está atrás de Wilmar Roldán, Esteban Ostojich, Facundo Tello e Jesús Valenzuela. Não é a melhor escolha do quadro de árbitros da Conmebol.”

Segundo ele, apesar de Herrera integrar a elite da Argentina, seu nível de consistência não costuma ser o ideal para partidas que exigem pulso firme e tomadas rápidas de decisão — ingredientes frequentes em um confronto entre Palmeiras e Flamengo.

Já Renata Ruel apresentou um retrato mais detalhado do estilo de arbitragem do argentino. No quatro de árbitros da Fifa desde 2015, Herrera apitou nesta edição da Libertadores partidas envolvendo os dois finalistas — Flamengo 1 x 0 Internacional e Sporting Cristal 2 x 3 Palmeiras — além de outros jogos de clubes brasileiros no torneio.

“É um dos árbitros da elite da Argentina, mas nunca foi selecionado para uma Copa do Mundo. Costuma deixar o jogo seguir, tendo critérios altos para a marcação de faltas. Também não é de sair distribuindo cartões, mas, além dos cartões por faltas temerárias ou táticas, costuma aplicar por reclamação e retardar reinício de jogo”, explicou.

Renata também destacou padrões observados em suas partidas: “A média de tempo de acréscimos é de 3 minutos no primeiro tempo e 5 minutos no segundo tempo. Costuma ser uma arbitragem ‘à lá Libertadores’, que costuma ter bom controle de jogo e, às vezes, deixa de marcar algumas faltas claras no jogo. A Conmebol tinha outras opções para a escala, como Jesús Valenzuela, que esteve no Mundial de Clubes e está pré-selecionado para a Copa de 2026. Pelo segundo ano seguido, um argentino apitará a final do torneio”, completou.

Além do árbitro, os assistentes e o VAR também são argentinos. Tratam-se de Cristian Gonzalo Navarro e José Miguel Savorani com as bandeiras e, na cabine, o comandante será Héctor Alberto Paletta.

A final entre Palmeiras e Flamengo definirá qual time brasileiro será o primeiro a somar quatro edições de Libertadores. O Verdão conquistou as taças em 1999, 2020 e 2021, enquanto o Rubro-Negro foi campeão em 1981, 2019 e 2022.

Veja abaixo toda a arbitragem da final:

• Árbitro: Darío Humberto Herrera (Argentina)

• Assistente 1: Cristian Gonzalo Navarro (Argentina)

• Assistente 2: José Miguel Savorani (Argentina)

• Quarto árbitro: Maximiliano Nicolás Ramírez (Argentina)

• VAR: Héctor Alberto Paletta (Argentina)

• Avar 1: Santiago Fernández Gandini (Uruguai)

• Avar 2: Jorge Ignacio Baliño (Argentina)

• Avar 3: Christian Fred Ferreyra Fernández (Uruguai)

• Quinto árbitro: Martín Sebastián Soppi San Martin (Uruguai)