Situação foi provocada por conta do vazamento da carga de óleo combustível de um caminhão que tombou na BR-376, em dezembro do ano passado
Publicado: 20/01/2025, 16:48
Atividades foram interrompidas por conta do risco à saúde –
Um recanto turístico em Tibagi, nos Campos Gerais, precisou interromper as atividades após o tombamento de um caminhão poluir o Rio Capivari. O acidente aconteceu em 20 de dezembro do ano passado, no KM 414 da BR-376, e provocou a morte do motorista Juscelino Rodrigues da Cruz.
O caminhão envolvido transportava 35 mil litros de óleo combustível. Parte da carga vazou e chegou até o afluente do rio, que passava pelo recanto turístico. A proprietária do espaço conversou com a reportagem do Portal aRede e disse que precisou interromper as atividades por conta do risco de intoxicação.
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Rio é um dos atrativos do recanto turístico. -
Atividades foram suspensas no local.
“Estávamos com a agenda lotada para o fim do ano, mas acabamos tendo que ir para o hospital por conta de intoxicação. Resolver fechar o nosso estabelecimento com medo de algum cliente passar mal”, explica. A mulher ainda conta que mora próximo ao rio e que animais do recanto morreram.
Inicialmente, a ocorrência foi atendida pelo Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde. A proprietária do espaço relata que abriu um protocolo sobre o ocorrido no Instituto Água e Terra (IAT) em 06 de janeiro, após o recesso do órgão, mas que o processo foi encerrado no dia seguinte. A mulher ainda conta que foi orientada a abrir outro tipo de protocolo na Coordenadoria de Acidentes Ambientais.
A reportagem do Portal aRede questionou o IAT sobre o encerramento do protocolo inicial e sobre os procedimentos que devem ser adotados em casos como este. Em nota, o órgão reforçou que o acidente foi atendido pela Força-Verde e que a empresa responsável pela carga já foi notificada para fazer a limpeza necessária. O comunicado também informa que, ao final da apuração, pode haver penas administrativas aos responsáveis.
O Portal aRede também entrou em contato com a SSOil, refinaria responsável pela carga, para entender como a limpeza do afluente do Rio Capivari é realizado. O empreendimento informou que contratou uma empresa especializada em emergências ambientais com foco em reduzir os impactos decorrentes do acidente.
De acordo com a SSOil, o serviço tem atuado na drenagem do combustível e já removeu 180 mil litros de resíduos líquidos e 33 toneladas de resíduos sólidos até a última quarta-feira (15). A refinaria destaca que o trabalho é acompanhado pelo IAT e que aguarda o parecer final do órgão que indicará se ainda há riscos ambientais na região.
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A SSOil finaliza o comunicado ressaltando o compromisso com a redução dos impactos provocados pelo acidente e também lamenta a morte do motorista contratado para o transporte da carga.
Confira a nota completa da SSOil:
A SSOil, desde os primeiros momentos após o lamentável acidente ocorrido em dezembro, no Km 414 da BR-376, tem atuado de maneira proativa para mitigar os impactos ambientais e sociais decorrentes do ocorrido. Embora o transporte da carga tenha sido realizado por uma empresa contratada pela SSOil, entendemos a gravidade do incidente e tomamos medidas imediatas para minimizar os danos.
Inicialmente, expressamos nossas mais profundas condolências à família do motorista Juscelino Rodrigues da Cruz, reafirmando nosso apoio diante dessa perda irreparável. Para mitigar os impactos do acidente, a SSOil contratou prontamente uma empresa especializada, Silcon Emergências Ambientais, que vem conduzindo as ações de sucção e contenção do combustível derramado sob supervisão direta da SSOil.
Ações e Resultados – Desde o acidente, a Silcon tem trabalhado de forma intensa na região, especialmente na drenagem do combustível que atingiu o afluente do Rio Capivari. Até o dia 15 de janeiro, foram removidos: 180 mil litros de resíduos líquidos, 33 toneladas de resíduos sólidos. As atualizações sobre o andamento dos trabalhos são realizadas diariamente pela equipe técnica responsável.
Acompanhamento Técnico e Próximos Passos – O trabalho está sendo acompanhado pelo Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná, órgão técnico responsável por avaliar a segurança ambiental. A SSOil aguarda o parecer final do IAT, que indicará se ainda há riscos ambientais na região.
Compromisso da SSOil – Embora o transporte tenha sido realizado por uma empresa contratada, a SSOil reafirma seu compromisso com a mitigação dos impactos do acidente. A empresa continuará trabalhando no local até que os órgãos ambientais confirmem a segurança plena da área. A SSOil permanece à disposição das autoridades e da comunidade, mantendo a transparência e o compromisso de zelar pelo meio ambiente e pela segurança de todos.