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Rivellino vê Brasil atrasado para Copa, diz que preferia Abel e quer seleção ‘sem cultura italiana’ de Ancelotti

Carlo Ancelotti assumiu a seleção brasileira em maio com a missão de conduzir o time na reta final das eliminatórias e preparar a equipe para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada em três países (Estados Unidos, México e Canadá), entre os dias 11 de junho e 19 de julho. Para um tricampeão mundial, porém, a escolha pelo treinador não só foi tardia, como também errada.

Em entrevista exclusiva à ESPN, o ex-meia Roberto Rivellino, um dos craques do time campeão do mundo em 1970, fez uma avaliação sincera sobre os primeiros sete meses de Ancelotti no cargo. Neste período, foram oito jogos, entre eliminatórias e amistosos, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, um aproveitamento de 58,33%.

”Se você for analisar o ano todo [da seleção]? Péssimo. Troca de treinador, arriscando coisas aqui e ali. Agora, trouxeram realmente um treinador de peso, mas às vezes não vejo problema no treinador. O problema é que nós estamos passamos por um momento difícil de jogadores diferenciados, craques. Não temos bons jogadores”, pontuou.

Na visão do ex-meio-campista, apesar de Ancelotti já ter dado uma nova cara para a equipe, a preparação da seleção para o Mundial está atrasada, visto que serão poucas partidas até o Mundial.

Além dos oitos compromissos já disputados, o italiano tem apenas mais dois amistosos agendados até o momento: contra França e Croácia em março, pouco antes da convocação final. Existe ainda a possibilidade de outra partida em solo brasileiro, como despedida antes do embarque para a Copa.

“Se você analisar lá atrás, a maioria dos treinadores pegava as eliminatórias e depois a Copa do Mundo. Na minha época, quando a gente fazia amistosos, a gente jogava contra uma Alemanha, Inglaterra… Não estou desmerecendo Senegal e Tunísia. Mas eu vejo muito atraso realmente. Agora tem um treinador que é competente. Realmente é, mas até aí ele não joga, né?”, questionou.

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Rivellino revela preocupação com preparação do Brasil para a Copa e alerta Ancelotti: ‘O nosso DNA é ofensivo’

Em entrevista exclusiva à ESPN, Rivellino opinou sobre a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2026

Apesar de elogiar a bagagem de Ancelotti, Rivellino não titubeou ao ser perguntado se o italiano foi, de fato, a melhor escolha para a seleção. Para o campeão mundial, a CBF deveria ter contratado Abel Ferreira, do Palmeiras, para o cargo.

‘Ele já está engajado aqui e conhece o futebol brasileiro. Eu daria uma oportunidade para o Abel. Nada contra o Ancelotti, pelo contrário, mas o Abel já estava aqui e já conhece mais o futebol brasileiro neste aspecto e pela competência também. Hoje se trata de um dos maiores treinadores que nós temos no futebol brasileiro”, declarou.

O Brasil, agora, só volta a campo em 2026, na Data Fifa de março, para mais dois amistosos preparatórios antes de iniciar a caminhada em busca do tão sonhado hexa. E para quem já levantou a taça mais cobiçada do mundo, a seleção não pode perder o seu DNA.

”Ancelotti chegou tarde para preparar com esse time. Nós temos nosso DNA. A gente pode dever, mas o nosso DNA é muito mais ofensivo do que defensivo. Sempre foi. Acontece que ele é italiano. A defesa sólida é uma cultura do futebol italiano também, desde a minha época lá era difícil jogar realmente com os italianos. Pode ser que ele pense do jeito dele, mas não pode fugir do nosso estilo de jogo”, destacou Rivellino.

Com a presença de Ancelotti, a seleção brasileira conhecerá nesta sexta-feira (5), às 14h (de Brasília), seus adversários na Copa do Mundo. O sorteio que determina os 12 grupos da primeira fase ocorrerá no Kennedy Center, em Washington D.C..

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