Eterno camisa 10 da seleção brasileira, Corinthians e Fluminense, Roberto Rivellino comentou sobre a ausência de um meio-campista clássico no Brasil, posição que se destacou durante a carreira.

Em entrevista exclusiva à ESPN, o campeão mundial foi sincero sobre quais jogadores com características de ”10” em atividade hoje no país gostaria de levaria para a Copa do Mundo de 2026. Dois nomes foram citados, mas nenhum deles, infelizmente, é brasileiro.

”Hoje nós temos uma carência. Se Garro ou ou Arrascaeta fossem brasileiros, poderíamos estar bem servido nesse setor. O Arrascaeta é um jogador pensante, tem um toque de bola diferente”, opinou.

Na visão de Rivellino, Lucas Paquetá, meio-campista do West Ham presente em três convocações de Carlo Ancelotti, não cumpre tal papel com maestria no período em que Neymar não vem sendo convocado.

”Infelizmente hoje temos o Paquetá e eu não sei do que ele joga, se joga de ponta, no meio… No fim, ele acaba não jogando nada! Hoje os conceitos mudaram, porque hoje o treinador gosta que o jogador seja polivalente”, pontuou.

”O Zagallo me colocou como um ponta falso, mas era um meia muito definido. Hoje fala muito no coletivo. Eu gosto do coletivo, o coletivo está em primeiro lugar, mas você tem que ter a diferença. A individualidade de cada jogado pode fazer a diferença em campo, e foi isso que nós sempre tivemos no futebol brasileiro”, completou.

No Flamengo, Arrascaeta herdou a camisa 10 após a saída de Gabigol. Tal número já era usado pelo meia uruguaio em sua seleção.

Rodrigo Garro, por sua vez, ganhou a 10 do Corinthians em 2024, após saída de Matías Rojas. No entanto, teve que ceder a camisa a Memphis Depay nesse ano, já que o astro holandês tinha em seu contrato que vestiria tal número. O argentino, porém, nunca defendeu a equipe nacional.