Em uma longa entrevista ao jornal espanhol As, o atacante Rodrygo, do Real Madrid, reconheceu que, durante a última temporada, viveu um momento complicado tanto no aspecto físico quanto no mental, perdendo inclusive a vontade de falar com qualquer pessoa para discutir o tema.
De acordo com o brasileiro, isso afetou muito seu desempenho durante o ano.
“A verdade é que eu passei por um momento muito difícil a nível pessoal. Passei muito tempo sem falar com ninguém”, desabafou.
“Foi um momento muito difícil. Eu não estava bem, nem física e nem mentalmente. Isso estava me afetando muito”, contou.
Durante o período complicado, o ex-santista viu seu nome ser colocado várias vezes como “negociável” no Real, o que também o afetou bastante.
“Todos os verões acontece a mesma coisa… Dizem que vou sair, que tenho ofertas deste e daquele clube. A cada semana a imprensa publicada que eu ia para um time novo”, reclamou.
“Claro que sempre há ofertas, não vou mentir sobre isso. Mas sempre deixei claro ao Madrid que quero seguir vencendo aqui, mais do que já venci”, apontou.
“Já é bastante ter vencido duas Champions com a minha idade, mas quero mais Champions com essa camisa. Eu sempre falo: ‘Enquanto o Madrid me quiser, estarei aqui’. Se um dia o Madrid me disser: ‘Rodrygo, busque outro clube’, eu direi ‘OK’, mas isso nunca aconteceu”, observou.
“O clube sempre disse que conta comigo. E, quando eu enfrentei problemas, eles me ajudaram. Ficaram especulando (sobre saída) porque eu estava em silêncio, mas eu sempre soube que estaria no Real nesta temporada, e agora estou focado na minha melhor versão. Eu estava tranquilo e sigo aqui, como sempre. É minha 7ª temporada”, exaltou.
O “Rayo” agradeceu muito ao técnico Carlo Ancelotti, que estava ainda no comando dos merengues na ocasião, por tê-lo ajudado a sair do “calvário”.
“Ancelotti me ajudou a superar tudo isso. Ele via todo os dias que eu não estava bem, que não estava em condições de jogar e que, daquele jeito, não podia ajudar a equipe”, relatou.
“Ele sabia que tinha que recuperar a pessoa antes do jogador. O mais importante era estar bem mentalmente. Foi um momento muito difícil na minha vida, mas agora superei tudo isso e estou bem”, assegurou.
“Sempre que posso, agradeço ao Carlo (Ancelotti), ao filho dele [Davide Ancelottti] e à comissão técnica do Madrid. Todos me ajudaram, assim como minha família. Agora, só sinto alegria. Estou feliz e muito motivado para ter uma grande temporada”, completou.
O atleta não joga pela seleção brasileira desde 25 de março e ficou fora das primeiras listas de Ancelotti, mas retornou agora e deve ser utilizado nos amistosos contra Coreia do Sul e Japão, na Ásia.
“Estar longe da seleção me pareceu uma eternidade. Foi difícil, passei por muitas coisas. Foi bom refletir e esclarecer minhas ideias. Agora, eu me sinto bem e pronto para dar o melhor de mim, a melhor versão de mim mesmo. Sem dúvida, eu evoluí em todos os aspectos da minha vida”, discursou.
“Sou uma pessoa diferente agora graças a tudo o que aconteceu. O mais importante é que estou bem, estou recuperado e agradeço a todos que me ajudaram neste período. Estou me sentindo como uma nova pessoa, uma pessoa melhor e um jogador melhor. O que importa é que estou feliz e estou bem mentalmente”, finalizou.