Uma possível troca na comissão técnica do Internacional tomou conta da entrevista coletiva de Roger Machado depois da eliminação para o Flamengo nas oitavas de final da CONMEBOL Libertadores.
Na noite desta quarta-feira (20), o Inter perdeu para o Flamengo, por 2 a 0, no Beira-Rio. Na partida de ida, realizada no Maracanã, o time rubro-negro havia vencido por 1 a 0.
Essa foi a segunda eliminação seguida do Internacional, que há duas semanas havia caído para o Fluminense nas oitavas de final de Copa do Brasil. Além disso, o time ocupa a modesta 12ª colocação do Brasileirão, com 24 pontos.
Alvo de críticas dos torcedores, Roger Machado foi questionado três vezes sobre seu futuro no comando do Internacional. O treinador reconheceu que o momento não é bom, mas destacou o trabalho que vem sendo realizado desde a sua chegada, em julho de 2024.
“Penso que em toda e qualquer frustração por eliminação acarreta em pressão no cargo de treinador. Faz parte da cultura do futebol brasileiro. Tem aí pelo menos dois meses de instabilidade, justamente nesses momentos decisivos que acumularam as eliminações nas copas e as partidas do Brasileiro, nesse retorno da parada, que a ausência de resultados faz com que as frustrações aumentem. Não tem nada de errado na frustração dos torcedores, sobretudo pelo otimismo de um ano que começou muito bem”, disse.
“O que sustenta é meu trabalho do dia a dia e os outros momentos que a gente finalizou muito, tivemos muita produção. Futebol é feito de momentos. Esse ciclo é de baixa, já foi de muita alta. O que sustenta é o que foi feito até então, sem tirar esse recorte, que é muito importante. É um momento de instabilidade, que está demorando a passar, mas está dentro dessa janela de muitas decisões e as saídas frustram os atletas, os torcedores, as críticas… O que sustenta a minha possível permanência e minha motivação é seguir trabalhando no dia a dia, que tem muita qualidade”, continuou.
“Nos últimos dois meses, pelo menos umas quatro vezes você perguntou da minha permanência. Então a todo momento é uma possível permanência, do ponto de vista do ambiente externo. A cada insucesso se pauta a permanência do treinador ou não. Não sou o treinador do Internacional, estou treinador do Internacional há um ano. Esse cargo não pertence a mim, pertence a direção do clube e aqui estarei enquanto a direção entender que meu trabalho pode surtir fruto”, completou o treinador.
Agora, o Internacional tem apenas o Campeonato Brasileiro pela frente. O time volta a campo no próximo sábado (23), contra o Cruzeiro, às 18h30 (de Brasília), no Mineirão, pela 21ª rodada.