A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) multou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em R$ 22,7 milhões por causa do vazamento de esgoto no Rio Pinheiros. O incidente ocorreu na sexta-feira 1º, na capital paulista. A empresa pode recorrer da decisão.

Depois da notificação, a companhia terá 15 dias para se defender. A Arsesp só decidirá depois de analisar os argumentos apresentados. A autuação será formalizada nesta terça-feira, 5.

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A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) também aplicou uma multa de R$ 1,1 milhão pelo mesmo episódio. Segundo a empresa, o vazamento ocorreu por causa de uma falha na estação elevatória Pinheiros.

O equipamento deveria bombear os dejetos das zonas sul e oeste da cidade até a estação de tratamento em Barueri. No entanto, opera com bombas cuja vida útil venceu há cinco anos. A Sabesp alega que a falta de manutenção decorre da escassez de recursos nos últimos anos.

“A empresa não realizou as devidas substituições antes por falta de recursos, pois, na última década, priorizou investimentos em água, com dois terços do volume de recursos aplicados nesta frente”, declarou a companhia.

A estação elevatória de Pinheiros é a maior unidade de bombeamento de esgoto da empresa. Ela processa os dejetos de 3,8 milhões de moradores do entorno do Rio Pinheiros.

A companhia afirma que destinou R$ 20 milhões para reformar a unidade, dividindo o projeto em duas fases. A primeira, com foco na estabilização do sistema, deve terminar em até 60 dias. A troca das bombas principais está prevista apenas para o primeiro semestre de 2026.

Sabesp já despejou esgoto no Rio Tietê

Enquanto isso, a Sabesp vai instalar quatro bombas auxiliares de menor porte para conter novos vazamentos. A empresa foi privatizada em 2024 e enfrenta cobranças por promessas de melhorias estruturais.

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Em junho, a Sabesp despejou esgoto sem tratamento no Rio Tietê, na altura da Ponte Atílio Fontana, na zona norte. Um rompimento na tubulação causou o problema. A companhia apresentou um plano emergencial para redirecionar os dejetos a outras estruturas.