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Safra de grãos cresce 16,3%, aponta IBGE

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quarta-feira (14), pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 340,5 milhões de toneladas em 2025. Trata-se de um valor 16,3% ou 47,7 milhões de toneladas maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas). Na comparação com junho, a estimativa registrou alta de 2,1%, um acréscimo de 7,1 milhões de toneladas.

A área a ser colhida este ano deve ser de 81,2 milhões de hectares, o que representa um
crescimento de 2,7% (2,2 milhões de hectares a mais) em relação à área colhida em 2024. Frente ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou uma expansão de 49,0 mil hectares (0,1%).

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“A estimativa de julho para a safra 2025 é recorde da série histórica do IBGE. O crescimento da safra brasileira de cerais, leguminosas e oleaginosas em relação a 2024 é consequência dos maiores investimentos realizados pelos produtores, que ampliaram as áreas de plantio e investiram mais em tecnologia de produção, motivados pelos bons preços dos principais grãos por ocasião do plantio da 1 (safra das águas ou verão) e 2 safras (safra das secas). Outro fator foi o clima, que beneficiou as lavouras no campo na maioria das unidades da federação produtoras. Os problemas climáticos mais sérios foram verificados somente no Rio Grande do Sul”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

Os principais destaques positivos da safra 2025 em julho, frente a junho, são os crescimentos das estimativas da produção da soja (165,5 milhões de toneladas), do milho (137,6 milhões de toneladas), do arroz em casca (12,5 milhões de toneladas) e do algodão em caroço (9,5 milhões de toneladas). O arroz, o milho e a soja representam 92,7% da estimativa da produção e são responsáveis por 88,0% da área colhida. Na comparação com 2024, houve aumentos na produção estimada do algodão herbáceo em caroço (7,1%), do arroz (17,7%), do feijão (0,4%), da soja (14,2%), do milho (19,9%, sendo 14,1% para o milho 1 safra e 21,4% para o milho 2 safra), do sorgo (23,6%) e do trigo (2,3%).

Ainda frente a 2024, mas no que se refere à área a ser colhida, ocorreu crescimento de 5,6% na do algodão herbáceo (em caroço), 11,4% na do arroz em casca, 3,3% na da soja, 3,5% na do milho (declínio de 4,9% no milho 1 safra e crescimento de 5,9% no milho 2 safra), e de 10,9% na do sorgo. Por outro lado, as áreas do feijão (-6,1%) e do trigo (-18,2%) apresentaram reduções.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de julho mostrou variação anual positiva para todas as regiões do país: Centro-Oeste (21,4%), Sul (9,0%), Sudeste (16,9%), Nordeste (9,0%) e Norte (17,3%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos o Norte (1,9%), o Sul (0,7%), o Sudeste (1,9%) e o Centro-Oeste (3,3%). O Nordeste (-0,1%) foi a única região com variação mensal negativa.

Em relação a junho, os principais aumentos nas estimativas de produção ficaram por conta do sorgo (13,5% ou 585 211 t), do milho 2 safra (5,7% ou 6 020 682 t), da castanha de caju (4,0% ou 5 605 t), da uva (2,1% ou 42 983 t), da aveia (2,0% ou 26 589 t), do algodão herbáceo (1,6% ou 154 083 t), do arroz (1,5% ou 185 508 t), da cevada (0,6% ou 3 339 t), do milho 1 safra (0,6% ou 156 042 t), do feijão 2 safra (0,3% ou 3 503 t) e da soja (0,2% ou 390 204 t).

No sentido oposto, houve quedas nas estimativas da produção do feijão 1 safra (-6,7% ou -76 488 t), do tomate (-6,7% ou -318 774 t), do feijão 3 safra (-5,2% ou -43 796 t) e do trigo (-3,4% ou -275 018 t).

“Os recordes de produção do milho e do sorgo em 2025 ocorrem devido à ampliação das áreas de plantio e ao clima que beneficiou essas lavouras durante as duas safras, notadamente o milho da 2 safra no Mato Grosso, que é o maior produtor nacional desse cereal. Esse aumento da produção se deve ao crescimento da demanda pelo cereal, já que ele é utilizado na produção de ração para atender à produção brasileira de proteína animal (carnes de frango, suíno e bovino), assim como no atendimento à crescente produção de etanol de milho, sendo que muitas usinas estão sendo instaladas no estado para aproveitamento desse cereal”, acrescenta Carlos.

Mato Grosso lidera a produção de grãos

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 32,4%, seguido por Paraná (13,4%), Goiás (11,4%), Rio Grande do Sul (9,5%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,8% do total. Em relação às participações das regiões brasileiras, o panorama é o seguinte: Centro-Oeste (51,5%), Sul (25,1%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,2%) e Norte (6,3%).

As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior,
ocorreram no Mato Grosso (5 536 658 t), em Minas Gerais (561 874 t), no Paraná (479 700 t), em Santa Catarina (245 226 t), no Tocantins (242 795 t), na Bahia (160 380 t), em Rondônia (130 647 t), em Goiás (29 289 t), em Roraima (21 687t), no Maranhão (5 162 t), no Mato Grosso do Sul (408 t), no Acre (47 t) e no Rio de Janeiro (7 t). Já as variações negativas mais relevantes foram observadas no Rio Grande do Sul (-101 540 t), na Paraíba (-76 892 t), no Ceará (-59 501 t), no Piauí (-46 775 t), no Rio Grande do Norte (-12 701 t), em Sergipe (-6 490 t) e no Amazonas (-65 t).

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