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Santos Dumont voa pela primeira vez

Alberto Santos Dumont, um dos maiores símbolos da aviação mundial, nasceu em 20 de julho de 1873, em Cabangu, um local remoto de Minas Gerais, durante o reinado de D. Pedro II.

Filho de Henrique Dumont e Francisca de Paula Santos, Alberto Santos Dumont cresceu em uma família que possuía grande envolvimento com a engenharia e a agricultura.

O pai, um renomado engenheiro, foi responsável pela construção de uma extensão da estrada de ferro D. Pedro II. Desde cedo, Santos Dumont se destacou pela curiosidade e pelo fascínio com as máquinas, o que se intensificou ao observar o uso de equipamentos mecânicos avançados na fazenda da família em Ribeirão Preto (SP).

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Sua paixão pela mecânica e pelos avanços científicos o levou a Paris em 1892, aos 19 anos, onde começou a buscar conhecimento para desenvolver suas habilidades. Em Paris, cercado pelo fervor científico e mecânico da época, Santos Dumont estudou sobre motores a explosão — um interesse que mais tarde influenciaria diretamente sua carreira como inventor. Ele passou a se dedicar intensamente à ideia de voar, especialmente aos balões aerostáticos.

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A conquista mais célebre do aviador ocorreu em 23 de outubro de 1906, quando, aos olhos de uma multidão em Bagatelle, na França, ele realizou o primeiro voo motorizado da história com o 14-Bis. O voo de 60 metros a 3 metros de altura foi um marco na aviação e provou que uma máquina mais pesada que o ar podia se erguer e voar sem o auxílio de um balão.

O 14-Bis, construído com armações de bambu e revestido com seda japonesa, pesava 160 quilos e era equipado com um motor de 50 cavalos de potência. Diferentemente das tentativas anteriores de outros inventores, Santos Dumont conseguiu decolar, voar e pousar com seus próprios meios, sem utilizar dispositivos externos, como catapultas. Seu sucesso pavimentou o caminho para o desenvolvimento da aviação moderna.

Santos Dumont teve um final de vida melancólico

Mesmo com o sucesso do 14-Bis, Santos Dumont continuou a desenvolver aeronaves e a realizar experimentos. Entre suas criações posteriores, destaca-se o Demoiselle, um pequeno e rápido monoplano que foi o primeiro avião a ser produzido em série.

Com o Demoiselle, Dumont quebrou novos recordes e popularizou ainda mais a aviação, através de voos que chamavam a atenção por sua inovação e velocidade.

Santos-Dumont não desistia: foi até até a sexta versão do seu dirigível para fazer fama em Paris. Depois, com o 14 Bis, colocou seu poder de criação em evidência global | Foto: Reprodução/Redes sociaisSantos-Dumont não desistia: foi até até a sexta versão do seu dirigível para fazer fama em Paris. Depois, com o 14 Bis, colocou seu poder de criação em evidência global | Foto: Reprodução/Redes sociais
Santos-Dumont não desistia: foi até até a sexta versão do seu dirigível para fazer fama em Paris. Depois, com o 14 Bis, colocou seu poder de criação em evidência global | Foto: Reprodução/Redes sociais

A obra do aviador não foi apenas prática, mas também conceitual. Ele desenvolveu a teoria e a prática da dirigibilidade e do controle do voo. Ao longo da carreira, recebeu inúmeras homenagens e prêmios em reconhecimento às suas conquistas.

No entanto, o impacto da Primeira Guerra Mundial causou-lhe grande sofrimento, uma vez que suas invenções, destinadas a aproximar a humanidade, começaram a ser usadas como instrumentos de guerra.

Imagem em preto e branco do aeronauta Santos DumontImagem em preto e branco do aeronauta Santos Dumont
Santos Dumont: o ‘Pai da Aviação’ é um brasileiro | Foto: Reprodução/Museu do Amanhã

No final de sua vida, Santos Dumont sofria de depressão, agravada por sua frágil saúde e pelo uso militar de suas invenções. Em 1932, em Guarujá, São Paulo, atormentado pela doença e pelo remorso, ele tirou sua própria vida aos 59 anos. Sua morte causou profunda comoção no Brasil e no mundo, especialmente na França, país onde ele realizou seus maiores feitos.

No Brasil, o aviador é reverenciado como herói nacional. Seu nome está eternamente ligado aos céus que ele ousou conquistar. A cidade de Santos Dumont e o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, são apenas algumas das homenagens que perpetuam sua memória.

Leia também: “Aviões movidos a mostarda”, reportagem de Evaristo de Miranda publicada na Edição 234 da Revista Oeste

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