Em busca de fechar o ano com superávit, o São Paulo vendeu cinco joias das categorias de base nos últimos meses. No entanto, o valor arrecadado pelo quinteto foi menor que o obtido pelo rival Palmeiras com a negociação de apenas um atleta.
De acordo com valores do site Transfermarkt, especializado no mercado de transferências, o Tricolor juntou um total de 34,2 milhões de euros (R$ 216,73 milhões, na cotação atual) com as vendas dos cinco atletas de Cotia.
Veja abaixo os valores de cada uma:
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Lucas Ferreira (Shakhtar Donetsk): 10 milhões de euros (R$ 63,37 milhões)
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William Gomes: 9 milhões de euros (R$ 57,03 milhões)
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Matheus Alves (CSKA): 5,1 milhões de euros (R$ 32,32 milhões)
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Henrique Carmo (CSKA): 5,1 milhões de euros (R$ 32,32 milhões)
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Ângelo (Strasbourg): 5 milhões de euros (R$ 31,69 milhões)
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TOTAL: 34,2 milhões de euros (R$ 216,73 milhões)
O Palmeiras, por sua vez, embolsou 37 milhões de euros (R$ 232,77 milhões, na cotação da época) na venda do zagueiro Vitor Reis ao Manchester City, em janeiro deste ano.
Deste montante, 35 milhões de euros (R$ 220,2 milhões, na cotação da época) ficaram no Palestra Itália, enquanto os outros 2 milhões de euros eram relativos a impostos da transferência.
Em entrevista à ESPN, concedida na última terça-feira (9), o presidente do São Paulo, Julio Casares, fez sua análise sobre o tema.
De acordo com o dirigente, o fato do Tricolor viver momento econômico difícil força a equipe a aceitar vendas por valores menores, enquanto o Verdão pode fazer “jogo duro” por propostas maiores.
O cartola, porém, afirmou que, no futuro, o time do Morumbis terá condição de segurar suas joias por mais tempo, brigando também por ofertas de valor superior.
“Sim [seguraria jogadores por mais tempo se tivesse condições financeiras]. Um time bem equacionado pode esperar mais para vender, deixar esses jogadores com mais minutagem e ter tranquilidade para que isso aconteça. Estamos fazendo isso agora para que no futuro o São Paulo tenha essa condição (de segurar jogadores)”, apontou.
“Quando o São Paulo estiver em um outro patamar, ele pode esperar um pouco mais para segurar o profissional que vem da base. Nós não podemos nunca enganar o torcedor, a pressão econômica hoje é muito grande”, alertou.
“O São Paulo começa a ter um viés muito grande de uma recuperação. Temos os próximos meses para continuar e fechar em superávit. Estamos nos esforçando. Vi os resultados até agora, de agosto, e nós tínhamos a previsão de déficit de R$ 1,8 milhão de déficit e deu um superávit de R$ 4,2 milhões, então mostra uma recuperação”, argumentou.
“É um bom sinal, mas tempos que continuar trabalhando. A venda dos atletas é relativa: tem a questão financeira, claro, de que poderia ser mais, mas tem o aspecto de mercado, você vende a oferta que tem”, finalizou.