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Satélite lançado em 1964 reaparece com sinais misteriosos

Astrônomos na Austrália identificaram sinais de rádio incomuns vindos do espaço e rastrearam a origem até um satélite que a Nasa lançou em 1964. Considerado inativo há décadas, o Relay 2 voltou a emitir transmissões inesperadas e reacendeu o interesse da comunidade científica.

As emissões chamaram atenção no início de junho, quando radiotelescópios do país registraram breves explosões eletromagnéticas a cerca de 4 mil quilômetros da Terra.

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A princípio, os cientistas não sabiam de onde vinham os sinais. Contudo, logo localizaram uma fonte: o antigo satélite Relay 2, que havia sido usado para retransmitir imagens dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964.

O equipamento foi lançado com a missão de reforçar a comunicação entre os Estados Unidos e a Europa durante o evento esportivo. Três anos depois, com a função concluída, a Nasa classificou o objeto como lixo espacial.

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Mas o que parecia definitivamente obsoleto voltou à cena científica. Clancy James, professor associado de radioastronomia na Universidade Curtin, afirmou que os sinais detectados coincidem com a órbita do Relay 2.

“Conseguimos descobrir que vinha de cerca de 4,5 mil quilômetros de distância”, disse o docente. “Obtivemos uma correspondência bastante exata para este antigo satélite chamado Relay 2.”

Satélite pode ter emitido faísca elétrica ou sofrido impacto no espaço

Segundo James, a explicação mais plausível é que a estrutura metálica do satélite acumulou carga elétrica ao longo dos anos e, subitamente, descarregou energia.

“É exatamente o mesmo fenômeno de quando você esfrega os pés no carpete e, em seguida, provoca uma faísca no seu amigo com o dedo”, comparou o professor.

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Outra possibilidade, embora menos provável, seria o impacto de um micrometeorito. A colisão a altíssimas velocidades pode gerar plasma — um gás quente e denso — que emite ondas de rádio momentâneas.

De acordo com os cientistas, esse tipo de descarga eletrostática não representa risco à vida humana. No entanto, ela pode comprometer o funcionamento de equipamentos em órbita.

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