
Durante participação na COP TV do Agro, do Canal Rural, o gerente regional do Sebrae Pará, Fábio Andrade, apresentou as iniciativas da instituição na COP30 e destacou como a bioeconomia amazônica tem se consolidado como alternativa de renda e desenvolvimento para comunidades rurais e tradicionais.
Segundo Andrade, o Sebrae adotou uma estratégia diferenciada na conferência: oferecer ao público uma imersão completa na floresta.
“Na COP30, o Sebrae adotou uma estratégia muito legal de trazer uma grande imersão da floresta, onde a gente conta a história das sementes, o processo de crescimento das árvores e até mostra uma floresta consolidada”, explicou. “Dentro desse processo, mostramos como a bioeconomia pode gerar renda para comunidades rurais e tradicionais.”
Bioeconomia que transforma realidades
Andrade ressaltou que a bioeconomia envolve o uso sustentável de produtos da floresta, valorizando o trabalho de empreendedores locais.
“A bioeconomia consiste na retirada de produtos da floresta feitos por comunidades locais — como sementes que podem virar biojoias, madeiras de reflorestamento e madeiras de quedas naturais usadas para fazer móveis. Tem também farinha, cacau, cumaru… Ou seja, são produtos que permitem trabalhar com as comunidades e incentivar que elas permaneçam no campo, com renda e qualidade de vida”, afirmou.
Agrizone reúne projetos sustentáveis e inovação
O gerente regional destacou ainda o espaço do Sebrae na Agrizone, que apresenta iniciativas de todo o país. O principal destaque é o Sustenta Inova, projeto desenvolvido em parceria com a União Europeia.
“O Sustenta Inova apoia pequenos negócios rurais, incentivando inovação, agroindústria, práticas sustentáveis e a permanência desses produtores no campo”, explicou. Ele citou como exemplo o estímulo à produção de chocolates com sabores da Amazônia, um setor em expansão na região.
Histórias que passam de geração em geração
Para Andrade, a COP30 se tornou uma vitrine para divulgar trajetórias inspiradoras de agricultores familiares.
“A COP30 é uma grande vitrine para mostrar histórias de produtores rurais. Vemos relatos que passam de pai para filho, tanto no cuidar da terra quanto no cuidado com os produtos”, contou.
Ele destacou o caso de um licor de cacau com cumaru, cuja produção artesanal foi transmitida entre gerações. “Foi um negócio que passou de pai para filho”, disse.
Capacitação
O Sebrae Pará atua diretamente na capacitação e no acompanhamento de agricultores por meio do Sustenta Inova. “O trabalho do Sebrae Pará dentro do projeto atende cerca de 400 produtores. São produtores que passaram por capacitação e tiveram suas vidas transformadas pelo projeto”, afirmou.
Andrade reforçou a missão da instituição: fortalecer o protagonismo do agricultor familiar.
“A gente quer transformar o produtor rural como protagonista da sua história”, destacou. “Hoje o pequeno produtor tem potencial para inovar, crescer e ser reconhecido pelo valor que gera.”


