O aumento de casos de síndromes respiratórias levou a Secretaria Municipal de Saúde a reforçar a necessidade da vacinação contra doenças como gripe, covid e coqueluche, doenças que costumam afetar a população com mais frequência neste período do ano.

Segundo a secretaria, a rede municipal de Curitiba atendeu 18.017 pessoas com casos respiratórios entre os dias 11 e 17 de agosto, número 20% maior do que o registrado uma semana antes e 33,5% acima do esperado para esse período epidemiológico.

Apesar de não se tratar de casos graves na maior parte, a preocupação é maior por conta da presença da circulação do vírus da coqueluche, que já causou a morte de bebê em Londrina no mês passado.

Inclusive, por conta do risco dessas doenças em crianças, a atualização do calendário vacinal foi reforçada na primeira quinzena de agosto em escolas estaduais e municipais, a ação acabou prorrogada até o dia 31 deste mês.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o Paraná registrou a aplicação de 86.121 doses de vacinas e a avaliação de 197.185 carteirinhas de vacinação entre 5 e 16 de agosto. O secretário de estado da saúde, César Neves, destacou a importância do incentivo à vacinação e lembrou que o estado sofre com a queda na imunização desde 2015.

Para Curitiba, a Secretaria Municipal reforça que a vacina contra a gripe está disponível nas unidades de saúde para todos com seis meses ou mais desde 2 de maio. A vacina contra a covid-19 também está disponível para todos que fazem parte do público prioritário com 12 anos ou mais.

Pessoas com 60 anos ou mais, gestantes e puérperas (mães que tiveram filhos até 45 dias) e imunocomprometidos com 12 anos ou mais devem receber um reforço semestral da vacina anticovid. Trabalhadores da saúde, pessoas em situação de rua, pessoas com comorbidades e com deficiência com 12 anos ou mais, entre outros, devem receber um reforço anual.

A vacina contra a coqueluche também está disponível nas unidades de saúde. A vacina dTpa está sendo ofertada em caráter excepcional a todos os trabalhadores de estabelecimentos públicos e privado que atuam em berçários e creches com atendimento de crianças até 4 anos de idade.

O reforço na imunização daqueles que trabalham com crianças pequenas é uma estratégia para proteger esta faixa etária, que é mais suscetível. No adulto, muitas vezes, a coqueluche é assintomática, podendo ser confundida com um resfriado, pois apresenta pequena alteração febril e tosse seca, segundo a Secretaria.

Nas crianças, o esquema vacinal é realizado com a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B, com três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. O reforço é aplicado com a vacina DTP, versão do imunizante contra difteria, tétano e coqueluche, aplicada aos 15 meses e outra dose aos 4 anos.

A Secretaria Municipal de Saúde orienta para que a população também mantenha a higienização das mãos, janelas abertas para arejar os espaços e evitar locais aglomerados. Em caso de sintomas respiratórios, é indicado fazer o uso de máscara e entrar em contato com a Central Saúde Já, pelo telefone 3350-9000, que funciona de segunda a sexta, das 7h às 22h; e sábados e domingos das 8h às 20h.

*Com informações da Prefeitura de Curitiba