O secretário nacional de comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputado federal, Jilmar Tatto (SP), deu risada da operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu a ordem de busca e apreensão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O Bolsonaro vai usar tornozeleira e vai ser monitorado 24 horas por dia pela Polícia Federal”, disse o parlamentar em vídeo publicado nas redes sociais, nesta sexta-feira, 18. “Olha, não era sem tempo. Confesso que eu estava agoniado com receio dele (sic) fugir do país.”
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O secretário do PT, sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, termina o vídeo agradecendo ao STF pela decisão contra Bolsonaro.
“Bolsonaro não pode se aproximar dos filhos, de autoridades, e agora está usando tornozeleira, por enquanto”, continuou. “Depois, vai tirar a tornozeleira porque irá para a cadeia. Valeu, STF.”
“Se ele e seus filhos estão dispostos a prejudicar o Brasil inteiro para ficarem impunes, a ideia de fuga (Eduardo já fugiu) parece cada vez mais provável com o cerco apertando”, disse o deputado em outra publicação no X.
Na ordem contra Bolsonaro, Moraes chamou Trump de “inimigo”
No despacho que autorizou a operação contra Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes chamou o presidente dos EUA, Donald Trump, de “inimigo da soberania nacional”. Moraes autorizou mandados de busca e apreensão contra Bolsonaro diante de uma solicitação da PF e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.
Na decisão, o ministro culpou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro pelo tarifaço de Trump e afirmou que Bolsonaro estaria atuando com o filho para submeter o STF a um “Estado estrangeiro” por meios hostis.
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Além de impor o uso de tornozeleira eletrônica, Moraes proibiu Bolsonaro de aproximar-se de embaixadas ou falar com embaixadores; de ter contato com outros investigados, incluindo seus filhos Eduardo e Carlos; de acessar redes sociais; e de sair de casa das 19 horas até às 7 horas.