
O avanço de uma frente fria mantém a chuva sobre o Sul e parte do Sudeste do Brasil nesta última semana de outubro.
De acordo com o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, os acumulados podem ultrapassar 100 milímetros em áreas do norte do Paraná e de Santa Catarina, enquanto o tempo seco e as altas temperaturas continuam predominando no Centro-Norte do país.
Confira a previsão por região:
Sul
As áreas de instabilidade persistem entre a Serra e o Planalto, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde as chuvas podem ser mais intensas. Com o avanço da frente fria, as pancadas se espalham pelo Paraná, ocorrendo de forma moderada a forte, com possibilidade de temporais localizados.
Os volumes podem ultrapassar 100 milímetros no norte paranaense, planalto norte e sudeste catarinense, prejudicando os trabalhos de colheita. Já nas demais áreas, os acumulados ficam entre 20 e 30 milímetros, suficientes para manter a umidade do solo.
Após a passagem da frente fria, uma massa de ar polar avança sobre a região, derrubando as temperaturas. As mínimas devem ficar abaixo de 10°C nas áreas de baixada dos três estados até sexta-feira, sem risco de geada nas lavouras.
Sudeste
Há chance de chuva moderada a forte na Zona da Mata mineira e no Rio de Janeiro. No sul de São Paulo, novas áreas de instabilidade devem provocar pancadas isoladas.
A combinação de calor e a presença de um cavado em níveis médios da atmosfera favorecem o aumento das chuvas, especialmente no centro-sul de Minas, Rio e São Paulo, onde os acumulados variam de 30 a 40 milímetros, mantendo boa umidade do solo sem comprometer o plantio.
A chuva avança para o Espírito Santo e centro-norte de Minas a partir de quinta-feira à noite, com volumes próximos de 30 milímetros.
O frio predomina em São Paulo, com mínimas abaixo de 15°C, chegando a 10°C no sul do estado. Já o centro-norte mineiro ainda deve registrar máximas de 36°C a 37°C até a metade da semana.
Centro-Oeste
As chuvas seguem irregulares na região. No Mato Grosso do Sul, as pancadas continuam no sul e sudoeste, enquanto no Mato Grosso a precipitação se concentra no oeste e sul do estado.
Em Goiás, as instabilidades aparecem de forma isolada, com acumulados variando entre 30 e 40 milímetros.
O alerta vai para o nordeste de Mato Grosso, onde as temperaturas devem alcançar os 40°C, aumentando o risco de focos de incêndio e estresse térmico em lavouras e rebanhos.
Nordeste
A semana será de tempo quente e seco na maior parte do interior da região. As máximas podem chegar a 39°C, elevando o risco de incêndios.
Na faixa litorânea, especialmente entre Alagoas e Pernambuco, as chuvas continuam e podem ter maior intensidade. Entre Salvador e Porto Seguro, há previsão de pancadas fracas a moderadas, com volumes entre 10 e 15 milímetros.
A tendência é de retorno das chuvas mais volumosas nas áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) a partir da segunda semana de novembro.
Norte
As chuvas ganham força em Rondônia, Acre e Amazonas, com acumulados de até 100 milímetros, o que deve favorecer a recuperação das pastagens e dos níveis do rio Madeira, em Porto Velho.
Em Roraima, sudoeste do Pará e partes do Amazonas, os volumes ficam entre 30 e 40 milímetros, mantendo a umidade do solo.
Por outro lado, o Tocantins e o norte do Pará seguem com tempo quente e seco, com máximas próximas dos 40°C e pouca chuva, o que exige cautela no avanço do plantio da safra 2025/26.


