Um grupo de senadores brasileiros prepara viagem para a capital dos Estados Unidos, Washington D.C., para dialogar com autoridades e empresários norte-americanos de 28 a 30 de julho. O objetivo é discutir o aumento de tarifas de 50% sobre produtos e serviços exportados pelo Brasil. Tentar minimizar os impactos da medida também é outra tarefa a ser executada pelos parlamentares.

Os senadores consideram o ex-presidente dos EUA Barack Obama um elemento estratégico para facilitar o acesso a interlocutores norte-americanos, especialmente membros do Partido Democrata. informa o portal Metrópoles. A ideia é usar a relação próxima dele com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, como argumento para abrir portas.

Segundo os senadores, a intenção é destacar que as novas tarifas podem prejudicar não só empresas brasileiras, mas também empresários norte-americanos. De acordo com o grupo brasileiro, a medida, uma vez em vigor, poderá contribuir para a alta dos preços nos EUA, elevando a inflação e retraindo o consumo local.

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A delegação, sob comando do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, terá mais sete integrantes: Jaques Wagner (PT-BA), Tereza Cristina (PP-MS), Fernando Farias (MDB-AL), Marcos Pontes (PL-SP), Esperidião Amin (PP-SC), Rogério Carvalho (PT-SE) e Carlos Viana (Podemos-MG). Ou seja, a viagem para negociar o “tarifaço” anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, vai unir PT e PL.

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“Não temos outra opção a não ser tentar voltar ao que era anteriormente”, disse Nelsinho Trad, em entrevista a Rádio Senado, conforme a Agência Senado. “Muitos setores estão sendo prejudicados. Indústria, Embraer, o agro, [as vendas de] suco de laranja e carne. Isso realmente vai afetar a geração de emprego no Brasil, há muitas demissões previstas. Mas nós estamos otimistas de que possamos reverter.”

Preparação dos senadores para a missão

Na preparação para a missão diplomática, os senadores realizaram reunião com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os encontros ocorreram nesta quarta-feira, 23, para alinhar estratégias diante do cenário internacional.

Se nada mudar, a tarifa de 50% de produtos e serviços exportados pelo Brasil para os EUA entrará em vigor a partir de 1º de agosto. Ao anunciar a taxação, Trump criticou o Poder Judiciário brasileiro, a quem acusou de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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