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Sequestro de bezerros é a melhor suplementação para o gado na seca

Durante o período seco, quando a pastagem desaparece e o desafio de manter o desempenho do rebanho aumenta, o sequestro de bezerros surge como uma das estratégias mais práticas e rentáveis para a suplementação do gado. Assista ao vídeo e saiba como tirar maior proveito da pecuária.

No quadro Dicas do Scoton, exibido no programa Giro do Boi, o zootecnista Maurício Scoton detalhou como essa técnica pode garantir mais arrobas produzidas por hectare mesmo em tempos de escassez.

A ideia do sequestro é simples: colocar os bezerros recém-desmamados em um sistema de confinamento com dieta baseada principalmente em volumoso de qualidade, como a silagem de milho.

Com isso, o produtor garante ganho de peso contínuo, reduz as perdas da desmama e prepara os animais para a recria no pasto quando as chuvas retornarem.

Volumoso barato é a base da suplementação eficiente

Compatação de silagem para o gado, um dos importantes volumosos para a alimentação do gado. Foto: Reprodução
Compatação de silagem para o gado, um dos importantes volumosos para a alimentação do gado. Foto: Reprodução
Compatação de silagem para o gado, um dos importantes volumosos para a alimentação do gado. Foto: Reprodução

Segundo Scoton, o sucesso do sequestro depende da qualidade e do custo da silagem.

Cerca de 90% a 95% da dieta é volumoso, por isso a produtividade da lavoura impacta diretamente no custo da arroba produzida”, afirmou.

Na fazenda onde atua, cada arroba produzida no sistema custa R$ 260, bem abaixo do valor do mercado, que pode passar de R$ 360.

Mesmo com margens apertadas, o sistema compensa no volume.

“O bezerro entra leve, ganha várias arrobas ao longo do tempo e entrega uma rentabilidade sólida. O segredo está na gestão eficiente do ciclo de produção”, reforça o professor da Universidade do Agro de Uberaba (Uniube).

Mais desempenho e melhor aproveitamento do pasto

Bezerros de corte em área de curral. Foto: ReproduçãoBezerros de corte em área de curral. Foto: Reprodução
Bezerros de corte em área de curral. Foto: Reprodução

Além da questão econômica, o sequestro tem vantagens zootécnicas relevantes. O bezerro não perde tempo no campo seco — começa a ganhar peso desde cedo e se adapta ao sistema intensivo, mantendo o desempenho mesmo fora da estação das águas.

Quando o pasto se recupera, o animal já está pronto para aproveitar a forragem, sem precisar de recuperação nutricional.

“É um ajuste fino no manejo: o gado sai do cocho forte e entra no pasto em ótima condição corporal”, detalha Scoton.

Simulação comprova retorno acima de aplicações financeiras

Bovinos de corte em área de alimentação no cocho. Foto: ReproduçãoBovinos de corte em área de alimentação no cocho. Foto: Reprodução
Bovinos de corte em área de alimentação no cocho. Foto: Reprodução

Para mostrar na prática como o sistema é vantajoso, o zootecnista apresentou uma simulação real usando um aplicativo gratuito criado em parceria com a UFMS. Os dados consideram:

  • Entrada do bezerro em agosto
  • Saída do sequestro em novembro
  • Ganho médio diário de 600g
  • Recria a pasto e confinamento posterior em junho de 2026

Com esse cenário, o lucro líquido por animal é de R$ 1.033 em menos de 10 meses, com uma margem de 22% e rentabilidade mensal de 2,2%, superior a muitos investimentos financeiros do mercado.

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