Nesta segunda-feira, 21, servidores da gestão de Silvinei Vasques no comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF) negaram tentativas de impedir eleitores do Nordeste de votarem durante o segundo turno das eleições de 2022.
O Supremo Tribunal Federal (STF) ouve hoje depoimentos de testemunhas dos núcleos 2 e 3 da ação que trata de uma suposta tentativa de golpe de Estado. Vasques é réu no processo.
Ao negar que recebeu ordens para atrapalhar o petista, o coordenador-geral de Combate ao Crime da PRF na ocasião, Antonio Melo Schlichting Junior, disse que também não houve determinações para “operações direcionadas”. “Ao contrário do que se alega, o nosso objetivo era o de que todos pudessem chegar aos seus pontos de votação”, afirmou. “O efetivo foi posicionado para que não houvesse interrupção de fluxo de tráfego.” A mesma declaração veio de Antonio Vital De Moraes Junior, então superintendente da corporação em Pernambuco.
Posteriormente, Diego Joaquim de Moura Patriota, que ocupava o cargo de superintendente da corporação no Pará, observou que alguns veículos que pararam, entre eles, ônibus, o fizeram em virtude de problemas mecânicos. “De forma alguma houve algum direcionamento de nossas operações”, afirmou.
Funcionário de Silvinei Vasques fala em suposto desvio de operações


Alexandre dos Santos Lopes, da corregedoria da PRF, também testemunhou na ação penal. Segundo ele, à época, foi necessário abrir um processo para investigar o que seria uma operação da corporação para impedir que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação no segundo turno das eleições de 2022.
Lopes afirmou que a análise identificou “inconsistências” em relação aos números de fiscalização de ônibus em cinco Estados, porém, seria necessário realizar novas diligências.
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