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Sete derrotas em oito jogos: São Paulo definha e flerta com nova reta final melancólica na era Casares

Uma simples olhada na tabela do Campeonato Brasileiro é suficiente para perceber que o Mirassol fazer 3 a 0 em alguém que não seja Palmeiras ou Flamengo passa longe de ser surpresa. Mas, se analisado pela ótica de quem perde, a situação reforça uma tendência de anos que tem tudo para ser repetida.

O amargo revés no domingo (19) aponta o derretimento do São Paulo na temporada. Depois de embalar bons resultados no início do trabalho de Hernán Crespo, que fizeram a equipe sair da parte inferior para sonhar até com o G-6 do Brasileirão, o time entrou em um marasmo que parece piorar a cada semana.

De um mês para cá, o Tricolor entrou em campo oito vezes; saiu derrotado em sete. Duas para a LDU, no confronto de eliminação nas quartas de final da CONMEBOL Libertadores, e também para Santos, Ceará, Palmeiras, Grêmio e Mirassol, todas pela Série A. Vitória, apenas uma, contra o Fortaleza.

Os 13 gols sofridos para os apenas quatro marcados prejudicam a busca por uma vaga na próxima Libertadores, ainda que a equipe são-paulina se mantenha, de maneira até surpreendente, em 8º lugar. Vasco e Red Bull Bragantino jogam nesta segunda-feira (20) e podem ultrapassar a equipe do Morumbis.

Restam nove jogos para o encerramento da temporada, dos quais cinco serão em casa, ainda que não necessariamente no Morumbis. O Tricolor recebe o Bahia no próximo sábado (25) e depois mandará duas partidas na Vila Belmiro, contra Flamengo e Bragantino, enquanto seu estádio sedia uma série de shows de bandas como Imagine Dragons e Linkin Park.

A casa são-paulina também tem apresentações marcadas para o restante do mês, de Dua Lipa e Oasis, o que pode fazer com que a equipe de Crespo só volte ao Morumbis contra o Internacional, na penúltima rodada. Um planejamento minimamente questionável se o assunto, seja verdade ou não, é a Libertadores.

A realidade dos últimos jogos é dura e aponta para outro cenário: mais um fim de ano melancólico, como o clube vive há tempos, sobretudo na gestão atual. Desde que Julio Casares assumiu a presidência, em janeiro de 2021, o São Paulo não passou um fim de ano sem uma queda brusca de rendimento nos finais de ano.

A primeira temporada já foi com luta contra o rebaixamento, que fez a direção demitir Crespo e contratar Rogério Ceni em outubro. Com o ídolo, derrotas pesadas como os 4 a 0 para o Flamengo e os 3 a 0 para o Grêmio fizeram o Tricolor escapar da degola apenas na penúltima rodada.

Em 2022, a situação era mais confortável, mas o São Paulo praticamente abriu mão do ano ao perder a final da CONMEBOL Sul-Americana para o Independiente Del Valle. O time até somou vitórias, mas só o bastante para ficar em 9º lugar no Brasileiro, novamente sem uma vaga na Libertadores.

A classificação até apareceu no ano seguinte, graças ao inédito título da Copa do Brasil, mas o que se viu após a final contra o Flamengo até assustou. O São Paulo chegou a levar 5 a 0 do rival Palmeiras e “empurrou com a barriga” os meses derradeiros. Prova disso é que a única vitória como visitante no campeonato só saiu na antepenúltima rodada, contra o Bahia.

Veio 2024 e a melancolia se repetiu após a queda para o Botafogo na Libertadores. Enquanto a torcida vislumbrou uma arrancada para sonhar com G-4, o Tricolor fez partidas burocráticas que lhe garantiram o G-6, mesmo que tenha somado dois pontos nas cinco rodadas finais.

É impossível prever como será o fim da atual temporada. Sinais, porém, mostram que qualquer aposta no sucesso é um risco imenso. O São Paulo hoje aparenta ser um time sem energia, de baixa confiança e com pouquíssimas opções diante de um departamento médico regularmente cheio. Há esperança? A história recente não permite; o presente, então…

Próximos jogos do São Paulo:

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