Para os agentes do mercado de café, a tarifa adicional de 50% sobre as exportações brasileiras, ainda não confirmada, poderá se desenrolar de forma mais clara nos próximos dias.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as empresas norte-americanas estão interessadas em repor o suprimento regular de cafés brasileiros. O produto é insumo essencial na composição de blends industriais.
O Brasil é responsável por fornecer cerca de 25% do café importado pelos EUA sendo o principal fornecedor da variedade arábica, insumo base para a indústria de torrefação.
Quanto aos preços no mercado doméstico, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, perdeu R$ 22,49/saca de 60 kg. O valor representa baixa de 1,2% no acumulado de julho, assim, a variedade encerrou o mês a R$ 1.811,87/saca. No campo, a colheita caminha bem e se aproxima de 70% a 80% da produção esperada.
Para o robusta, levantamentos do Cepea mostram que as cotações recuaram com um pouco mais de força, pressionadas pela maior oferta interna. O Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, caiu R$ 76,62/saca de 60 kg. Assim, a variedade apresentou retração de 6,9%, fechando a R$ 1.028,45/saca no dia 31 de julho. A colheita do robusta está finalizada na maior parte das praças do Espírito e de Rondônia.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo