
A Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) espera que as conversas entre Brasil e Estados Unidos resultem em avanços na redução ou eliminação de tarifas aplicadas ao pescado brasileiro. O tema voltou à pauta após o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o norte-americano Donald Trump, realizado no fim de semana, na Malásia.
Setor busca reduzir barreiras tarifárias
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de pescado, mas o setor enfrenta restrições que encarecem o produto no mercado internacional. Segundo a Abipesca, as taxas aplicadas dificultam a competitividade das empresas nacionais, especialmente as que atuam na exportação de peixes congelados e enlatados.
O presidente da entidade, Eduardo Lobo Naslavsky, avaliou que o diálogo direto entre os dois governos é um passo importante para reaproximar as relações comerciais. Ele destacou que o setor vê com otimismo a possibilidade de retomada de um ambiente mais favorável ao comércio bilateral.
Potencial do pescado brasileiro
O Brasil exporta uma variedade de espécies de pescado, com destaque para tilápia, camarão e peixes de captura oceânica. A Abipesca ressalta que o país tem condições de ampliar a oferta ao mercado norte-americano, desde que haja um ambiente tarifário mais equilibrado.
Neste sentido, Naslavsky defendeu que um acordo entre os governos poderia restabelecer condições “justas e equilibradas” para o setor, favorecendo a geração de empregos e renda nas regiões produtoras.
“O pescado brasileiro é reconhecido internacionalmente pela qualidade e sustentabilidade. A remoção de barreiras é essencial para que volte a ocupar seu espaço nos Estados Unidos”, afirmou.


