Shawn James é um verdadeiro cidadão do mundo. O artista nasceu no Sul de Chicago, Illinois (EUA), mas morou em várias partes do país ao longo dos seus 38 anos de vida. Suas vivências moldaram o seu jeito de fazer música, que não se limita a um gênero; muito pelo contrário. James teve formação musical inicial no gospel e na ópera, mas mescla folk, blues, rock, heavy metal e o que vier a julgar ser interessante em suas obras.
“A principal constante entre todos os gêneros seria que tudo é feito com emoção, sentimento, coração e muita alma. Quero dizer o que digo e sinto profundamente o que toco”, ele conta. O cantor gosta de compor à moda antiga: escuta com calma, testa sons diferentes, escreve por meses e incorpora os estilos e emoções que a música pede. Inclusive, o estadunidense não gosta de tocar muitas vezes a mesma versão de suas próprias músicas, reinventando-as ao longo dos anos, para que nenhuma seja igual em shows diferentes. Até os covers que faz são remodelados por ele.
Com performances hipnotizantes e uma voz poderosíssima – que incorpora a fluidez da emoção do gospel, a projeção e as técnicas vocais da ópera e a potência do rock – o cantor veio ao Brasil para uma nova turnê neste ano. “Muerte mi Amor” passa por São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A quantidade de lugares brasileiros não é à toa: “Eu toquei em todo o mundo. E nós temos ótimos públicos em outros lugares, mas eu nunca senti que a energia que nós damos retorna a nós de uma forma tão forte que cria esse fluxo entre todos, e eles [fãs brasileiros] estão ativamente participando do show. Eles não estão apenas sentados e assistindo. É como se eles fossem parte disso.”, conta Shawn, na entrevista.
O artista tem uma profundidade fascinante, que se derrama em seus versos e no seu jeito de interpretar uma música. Na entrevista exclusiva que concedeu à Antena 1, James discorreu abertamente sobre seu último álbum (Honor and Vengeance), as inspirações que o fizeram compor faixas que contam uma história de faroeste, a inteligência artificial na música e o caminho que os gêneros musicais têm tomado na atualidade, entre outros assuntos.
A morte é uma temática que se sobressai em seu trabalho mais recente. “Muerte mi Amor”, a canção que dá nome à turnê, é o penúltimo capítulo do enredo contado no álbum. Ela demonstra as perspectivas particulares dos personagens sobre o momento em que cada um se depara com o próprio falecimento. Shawn conta que ela foi escrita em um momento em que ele estava pensando em quando chegaria a sua hora.
“Eu estava pensando mais sobre por que no passado eu ignorei que a morte estava vindo. E eu colocaria isso no fundo do meu cérebro e vivia como se a morte nunca estivesse lá. […]. E eu não sei porque, mas fiquei triste quando pensei nisso. Porque eu pensei: é inevitável. Vem para cada um de nós.”, relata o artista.
“Então, a minha ideia era: talvez, se eu entrar em um acordo com tudo que isso vai significar para mim, para a minha família, minha vida, minha existência, as criações que eu faço e tudo, talvez se eu aceitar isso, eu possa apreciar o que eu tenho agora ainda mais e realmente aproveitar tudo ao máximo”, finalizou.
Acima de tudo, ele preza pelo poder que a música tem em ressoar em cada ouvinte de forma diferente, ganhando vida própria a cada experiência de vida que escutá-la e associá-la a uma vivência distinta. Suas músicas são feitas em camadas, para todos os gostos. Para aqueles interessados em escutá-las com atenção, caso sejam cuidadosamente analisadas, significados mais profundos e histórias escondidas podem ser reveladas.
Quer saber mais? Confira a entrevista completa abaixo:
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