O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), no Canadá, recuou e anunciou nesta quinta-feira, 14, que pretende exibir o documentário The Road Between Us: The Ultimate Rescue (“O Caminho Entre Nós: O Resgate Supremo”). A obra aborda o massacre que o grupo terrorista Hamas promoveu contra israelenses em 7 de outubro de 2023.
Na capa do New York Post de hoje, uma notícia difícil de acreditar: um festival de cinema impediu a exibição de um documentário mostrando as atrocidades cometidas pelos terroristas palestinos do Hamas pq, segundo os organizadores do festival, os terroristas palestinos não… pic.twitter.com/1LmwnjLAPP
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) August 14, 2025
O TIFF cancelou a veiculação do filme sob a alegação de que havia problemas com direitos de imagens do grupo terrorista. Ou seja, os criminosos não teriam autorizado a divulgação das cenas nas quais estavam envolvidos. A mudança de postura dos organizadores se deu somente depois de uma forte reação negativa do público.
Hamas: CEO nega haver censura
Da mesma forma, houve críticas da imprensa que criticou a exclusão do documentário. Para os jornalistas, o argumento de que imagens filmadas pelo Hamas não tinham autorização formal para reprodução era ‘ridículo’. O CEO do festival, Cameron Bailey, defendeu a decisão inicial de retirar a obra do cronograma de setembro.
O executivo, inclusive, negou qualquer intenção de censura, conforme reportagem do jornal The New York Post. Em postagem nas redes sociais, Bailey sustentou: “Quero ser claro: as alegações de que o filme sofreu por censura são absolutamente falsas. Continuo trabalhando com os realizadores para atender aos requisitos do TIFF e permitir que o filme seja exibido neste ano”.
The apology letter from Cameron Bailey is an insult to the Jewish people. He referred to the slaughter of Israelis on October 7th as “events”. Israel Now is calling on Cameron Bailey to resign from the Toronto International Film Festival. pic.twitter.com/xTNgHvhmWu
— Israel Now (@neveragainlive1) August 14, 2025
Bailey acrescentou ainda que solicitou à equipe jurídica do festival que trabalhe com os cineastas para avaliar todas as opções disponíveis. Apesar do anúncio, os realizadores do documentário afirmaram, em nota, que o filme ainda não foi oficialmente reintegrado à programação. “Até o momento, o TIFF não nos comunicou por escrito que reverteu a decisão. Isso continua sendo uma negociação”.
Eles também criticaram o argumento do festival, classificando-o como ‘ridículo’. Segundo os cineastas, as imagens do Hamas foram transmitidas ao vivo enquanto o grupo atacava civis, portanto “claramente em domínio público”.
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